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O maior mal do tempo presente, segundo especialista em sustentabilidade

O bate-papo com André Carvalhal, que acaba de lançar o livro 'Como libertar o presente'

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 dez 2022, 12h00

O escritor André Carvalhal, 42 anos, convida o leitor a repensar a sustentabilidade com um olhar para o presente, indo além das abordagens costumeiras e ligando o tema à saúde mental, autoconhecimento, redes sociais, propósito e trabalho. Este é o mote do seu quinto livro, Como libertar o presente – Cocriação de novas narrativas. Carvalhal, que já foi finalista do prêmio Jabuti 2019 com Viva o fim: Almanaque de um novo mundo, agora alerta que as questões climáticas, sociais e culturais pedem urgência e necessitam de um resgate da origem coletiva do ser humano. Confira o bate-papo com Carvalhal, que também é consultor e facilitador nas áreas de marketing, branding e design para sustentabilidade.

Qual seria o maior mal do tempo presente? Vivemos uma “história de separação”, da gente com a gente mesmo, com o que chamamos de “natureza” e com as outras pessoas. Desde cedo somos levados a perceber recursos naturais como algo a ser explorado infinitamente e as outras pessoas como alguém que devemos competir ou que devem nos servir. E nos distanciamos de quem poderíamos ser. Essa forma de viver é insustentável e tem causado uma série de crises: climáticas, sociais, econômicas, culturais… Para promovermos a sobrevivência da nossa espécie, precisamos de novas narrativas. Precisamos voltar a nos reconhecer como parte da natureza e parte de uma grande comunidade. 

Como o consumismo e a saúde mental estão ligados com as redes sociais? Existem muitos artifícios que alimentam a história de separação e sem dúvida as redes sociais, apesar de fatores positivos, contribuem em nos alienar. Não tem como falar de sustentabilidade sem conectar o tema com os estímulos que recebemos para consumir através das redes. E o que antes era feito pelas marcas, hoje é feito de forma quase que “espontânea” pelas pessoas, expondo suas vidas para uma aprovação em rede. Por isso é preciso estabelecer uma relação crítica com as redes. 

O que podemos fazer para liberar o presente? Qual seria o primeiro passo? Somente a partir do entendimento sobre as estruturas que nos aprisionam em um modo de vida insustentável, poderemos de fato começar a pensar em novos presentes, mais livres e sustentáveis. Existem vários caminhos. Estabelecer uma relação crítica com as mensagens que recebemos pode ser um passo. Buscar reconhecer realidades diferentes das nossas pode ser importante também. Perceber nossos privilégios e usá-los a favor do coletivo… 

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No Brasil de 2022, a nossa origem coletiva como seres humanos pode ser resgatada? Não tem jeito, a única saída possível é coletiva. Por isso falo em “cocriação de novas narrativas”. Esforços individuais, terapias de cura e cuidados individuais podem ser o início da mudança, mas para que a transformação alcance a escala necessária, é preciso que haja união. 

E sobre as questões ambientais, esse tópico volta a ganhar importância no governo Lula? Algumas falas e ações até o momento apontam que sim. E não somente questões ambientais, mas também culturais, sociais… O que é muito importante, afinal de contas, está tudo conectado.

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