Com a proximidade da Páscoa, aumenta consideravelmente o consumo de chocolate e os possíveis problemas no seu excesso. Marieli Sbardelotto, nutricionista e pós-graduanda em Nutrição comportamental, explica à coluna que a quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até 30 gramas por dia, ou seja, de quatro a cinco pedacinhos de uma barra comum. “O ideal é que o chocolate seja 60% de cacau para cima, porque pode trazer muitos benefícios, como reduzir níveis de colesterol, estimular a memória e a produção de serotonina, que é o nosso hormônio do prazer”. Para quem costuma extrapolar essa média, é preciso ter atenção na dieta diária. “A longo prazo, o chocolate ao leite, por exemplo, pode trazer consequências metabólicas. Como uma resistência na ação da insulina, uma pré-diabetes, e até mesmo diabetes nos casos mais graves. Mas claro que isso também depende de todo um estilo de vida da pessoa, uma má alimentação, sedentarismo, é todo um conjunto de coisas”, esclarece.
Sobre o excesso, muito comum no feriado de Páscoa, Marieli pondera que um dia comendo mais chocolate que o recomendado não vai causar tantos problemas e que a solução é voltar a rotina normal depois do exagero. “Muita gente depois de cometer excesso acaba fazendo muita dieta maluca… Dietas antioxidantes, dietas restritivas para depois o corpo voltar ao normal… Isso não é necessário, porque nosso corpo é perfeitamente capaz de rebater esses excessos”. E alerta para quem já não segue uma rotina equilibrada. “Se estiver sedentário, comendo mal e cometer excessos na Páscoa, aí pode ser um agravante. Pode dar diarreia, enjoo, náusea, dor de cabeça, tudo por causa do excesso de gordura e de açúcar no sangue”.