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Médico comenta os efeitos ‘milagrosos’ de novo remédio para emagrecimento

Endocrinologista Lucas Costa, referência em reposição hormonal, fala do fármaco semaglutida 2,4 mg

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jan 2023, 20h00

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira, 2, um medicamento capaz de reduzir até 17% do peso corporal. Chamado de “remédio milagroso” para quem luta desesperadamente contra a balança, o fármaco semaglutida 2,4 mg, da farmacêutica Novo Nordisk, foi autorizado para o tratamento de pessoas com sobrepeso (e comorbidades) e obesidade. Lucas Costa, endocrinologista com curso de tratamento da obesidade em Harvard, comenta sobre o uso do medicamento a pedido da coluna

O medicamento é usado no tratamento de obesidade. Mas para quais pessoas é indicado? A substância ativa semaglutida já existe no Brasil para o tratamento de diabetes, em outra dosagem. A grande novidade é que ele foi liberado para o tratamento da obesidade na dosagem de 2,4 mg, subcutâneo, semanal. É uma injeção que a própria pessoa aplica no abdômen, com uma agulha muito fininha. É indicado para pessoas com obesidade, ou seja, com o índice de massa corporal maior que 30, mas também para as que têm IMC (Índice de Massa Corporal) maior do que 27 e tenham alguma comorbidade. Hoje mais da metade da população está acima do peso. E um a cada cinco brasileiros está com obesidade.  

Ele poderia servir para motivos estéticos? Não. É muito importante que a medicação seja usada com indicação médica. Existem contraindicações e deve ser usado para o tratamento de uma doença. No caso da obesidade, que é uma doença crônica, ou o sobrepeso. A gente deve sempre desencorajar o uso estético.     

Quais os efeitos colaterais? Alguns bem comuns, como náuseas e alterações gastrointestinais. Mas também pode provocar prostração, dor de cabeça…    

Como ele atua no corpo? Ele tem dois mecanismos de ação principais. O primeiro atua diretamente no hipotálamo, onde fica o centro regulador da saciedade, pois muitas pessoas com obesidade têm uma alteração na sensação de saciedade. E tem uma ação no próprio trato gastrintestinal, retardando o esvaziamento do estômago. A pessoa se sente saciada por mais tempo. 

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Quem usa o medicamento precisa mudar velhos hábitos para manter o emagrecimento? A obesidade é uma doença crônica, assim como hipertensão ou diabetes.  O ideal é que a pessoa se exercite, se alimente bem… Mas, se por algum motivo a pessoa não consegue, ainda sim a medicação é importante.  

Este medicamento pode ser o “milagre” para auxiliar a perda de peso sem intervenções cirúrgicas? O grande avanço é que estamos vivendo uma revolução no tratamento da obesidade pela eficácia. Habitualmente os medicamentos que tínhamos disponíveis levam à perda entre cinco e dez por cento do peso corporal. Este agora leva a uma perda de 17% do peso corporal e, em 30% das pessoas, a uma perda maior do que 20% da perda corporal. Então a analogia tem algum sentido, é equivalente a uma cirurgia bariátrica chamada gastrectomia vertical. 

Qual é o perfil do gordo brasileiro? Hoje a obesidade está disseminada e crescente, acomete desde crianças e adolescentes, igualmente homens e mulheres de todas as faixas etárias. A região do país não é um grande determinante. E, infelizmente, a obesidade está crescendo também nas classes sociais mais baixas, principalmente porque alimentos como farinha e açúcar são relativamente baratos e mais acessíveis.  

Dr. Lucas Costa Felicíssimo -
Dr. Lucas Costa Felicíssimo – (DANIEL CHIACOS/Divulgação)
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