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Leandra Leal: ‘A sociedade vem se encaretando’

Atriz dirige documentário sobre travestis no Brasil, mas diz que filme não tinha o objetivo de ser político

Por Lucas Almeida Atualizado em 22 jun 2017, 17h17 - Publicado em 22 jun 2017, 17h14
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  • Leandra Leal assumiu pela primeira vez o papel de diretora com o documentário Divinas Divas, que chega aos cinemas nesta quinta-feira. A produção, que conta a história da primeira geração de travestis no Brasil, nos anos 1960, aposta no tom nostálgico, mas acaba por pincelar política, apesar de não ter sido essa a ideia inicial da nova cineasta. O tema, contudo, demanda tal flerte.

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    Divinas Divas foca na vida de oito personalidades que fizeram sucesso nos palcos, caso da ex-vedete Rogéria. Para Leandra, o filme é uma ação pequena se comparada à situação atual das travestis. “Nós vivemos em um país que carrega o título absurdo de matar mais pessoas trans no mundo todo. A sociedade vem se encaretando cada vez mais”, disse.

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    Um dos teatros que abrigaram as primeiras apresentações de travestis no Brasil foi o Rival, situado na Cinelândia, no Rio de Janeiro. O dono na época, era Américo Leal, avô de Leandra Leal, que morreu quando ela tinha 8 anos. Hoje, ela gerencia o espaço junto com a mãe. A atriz cresceu nas coxias do lugar e sempre via as travestis nos camarins e em ação no palco. Logo, foi orgânica a decisão de expor no documentário a sua relação com esse mundo, enquanto remontavam uma apresentação com todas elas, que foi exibida no palco do Rival em 2014.

    Por crescer no meio, Leandra demorou a descobrir que seu avô tinha sido pioneiro nos espetáculos com travestis que viraram uma febre nos anos 1970 e 1980, com shows recheados de coreografia e glamour. “Eu sabia que o Rival tinha recebido peças e apresentações de teatro, mas não sabia muito bem o que era. Quando eu descobri isso, foi outro lado dele que eu não conhecia. E provavelmente, ainda vão ter outros que eu vou descobrir”, conta. “O Divinas fala muito sobre essas oito artistas, mas também conta sobre a minha relação com elas e eu acho que a minha família toda tem essa conexão”.

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    Esse foi o primeiro filme dirigido por Leandra. A jovem de 34 anos já havia opinado sobre a importância de mulheres ocuparem cargos relevantes no cinema, mas afirmou que não pensa em parar com a carreira de atriz: “O Divinas foi um caso muito específico, porque acho que só eu poderia fazer esse filme. Só eu tenho essa relação com as oito divas e com o Rival”. “Eu costumo falar que quando uma mulher dirige um filme, ela sempre inspira outra a fazer o mesmo, porque é uma questão de você ver iguais e perceber que é possível”, complementou.

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    Leandra ainda não tem previsão de quando voltará para as novelas, mas continua acompanhado o que acontece nos folhetins. Ela, aliás, elogiou o trabalho de Glória Perez pela atual novela das nove A Força do Querer, que conta com a personagem Ivana (Carol Duarte), que se descobre transsexual e Nonato (Silvero Pereira), que é travesti. “A figura trans já foi muito retratada de uma forma estereotipada, como no caso de personagens engraçadas ou de beleza estonteante. Agora, essa novela tenta tratar de uma forma mais complexa. Só assim é possível quebrar o preconceito. Porque, o estereótipo não te ajuda a tirar algo daquilo para o seu dia-a-dia”. Jane Di Castro, uma das divas do documentário, aliás, também faz parte da novela.

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