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‘Grande Sertão’ faz pré-estreia em cinema no Complexo do Alemão

Filme de Guel Arraes, protagonizado por Caio Blat e Luisa Arraes, estreia dia 6 de junho

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 Maio 2024, 17h13

Os moradores que lotaram os noventa lugares do CineCarioca Nova Brasília, única sala de cinema em uma favela no Rio, dentro do Complexo do Alemão, tiveram uma noite animada com o lançamento de Grande Sertão: Veredas, obra clássica de Guimarães Rosa. Tudo com pipoca e debate ao final da exibição, nesta quinta-feira, 23, na presença do diretor Guel Arraes e dos dois protagonistas – Caio Blat (que interpreta Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim).

A adaptação cinematográfica chegou antes aos moradores da comunidade, os primeiros a assistir ao longa, que estreia no dia 6 de junho nos cinemas do país. A coluna GENTE esteve na ocasião. Dirigido por Guel (O Auto da Compadecida), que assina o roteiro ao lado de Jorge Furtado, o filme também tem no elenco Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Luis Miranda (Zé Bebelo), Mariana Nunes (Otacília) e Luellem de Castro (Nhorinhá). “No livro, a história se passa com cangaceiros contra a polícia no início do século XIX. E a gente viu que esse história cabia aqui. Mas cabia trazendo um tom diferente. Noventa por cento das falas são do Guimarães. A gente fez algumas intervenções, não comprometendo muito. E aqui era a minha maior curiosidade, se as pessoas iriam achar esquisito essa linguagem”, explicou Guel à VEJA.

O cinema, que estava fechado desde 2019, foi reinaugurado recentemente com novas poltronas, telão e sistema de ar-condicionado, nada diferente de uma sala de shopping. Essa, porém, está em uma das praças da comunidade, e sua entrada divide espaço com as inúmeras motos e comércio local. “Esse é o público que a gente mais almeja que possa ver o filme e que se reconheça”, disse Caio, presente ao evento na zona norte do Rio.

O ator, como o restante do elenco, chegou ao cinema caminhando pelas ruas do Alemão, já que a van da produção não conseguiu passar pelas ruelas mais estreitas que dão acesso ao local. A região abriga um dos maiores conjuntos de favelas da Zona Norte da cidade, com 54.202 moradores. Entre os 158 bairros que o Índice de Progresso Social, desenvolvido pelo Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da prefeitura, mediu o desenvolvimento em 2022, o Complexo ficou em 138.

“A gente passou três anos viajando no teatro com essa peça, com esse texto e depois que a gente foi fazer o filme do Guel. Então a gente tinha essa intimidade com o texto. O Guel não queria de maneira nenhuma fazer um filme realista de favela. Ele queria um filme expressionista, barroco, então a gente trouxe isso do teatro. E é por isso que as pessoas hoje aqui se emocionaram, porque viram pela primeira vez a guerra na favela retratada de forma épica, de forma poética. Tem uma camada de arte por cima da realidade”, reflete Caio.

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Sessão do filme no Cine Carioca Nova Brasília -
Sessão do filme no Cine Carioca Nova Brasília – (Giovanna Fraguito/VEJA)
Sessão do filme no Cine Carioca Nova Brasília -
Sessão do filme no Cine Carioca Nova Brasília – (Giovanna Fraguito/VEJA)

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