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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Protagonistas femininas ganharam mais espaço no streaming do que na TV

Representatividade de mulheres negras e asiáticas também cresceu, assim como o número de mulheres na direção de conteúdo

Por Amanda Capuano Atualizado em 10 set 2020, 16h47 - Publicado em 10 set 2020, 16h45
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  • As plataformas de streaming estão se mostrando um terreno mais inclusivo para as mulheres do que a TV aberta e os canais por assinatura. Segundo um relatório do Centro de Estudos de Mulheres na Televisão e no Cinema da Universidade de San Diego, 42% das produções originais de canais de streaming têm protagonistas femininas, contra 27% na TV por assinatura e 24% na programação aberta.

    Os números são resultado de uma pesquisa extensa, que analisou 4.100 personagens nas telas e 4.200 profissionais por trás das câmeras ao longo da temporada de 2019-2020, e resultou no relatório anual Boxed In. Além das protagonistas no streaming, há mais mulheres na direção de conteúdos televisivos do que nunca – na temporada atual, elas representam 32%, mais do que o dobro da anterior, quando assumiam apenas 15% do posto de diretoras. O número também saltou na direção de fotografia, que passou de 3% no ano anterior para 17%.

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    Em relação à etnia, as mulheres brancas detém 66% dos papéis, uma queda de 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as negras passaram de 17% para 20%, enquanto as asiáticas tiveram uma ascensão mais contida, de 7% para 8%. Já as latinas viram a representatividade cair um ponto de percentual, de 6% na temporada anterior para 5% na atual.

    Apesar do aumento da representatividade feminina como um todo, a pesquisa mostrou que as mulheres têm mais chances de interpretar papéis ligados a vida pessoal, como mães ou esposa, enquanto homens aparecem ligados ao trabalho, como executivos ou chefes de grandes corporações. Por trás das câmeras, elas são minoria nas contratações: 63% dos programas empregam no máximo 5 mulheres para papéis-chaves de produção, contra 17% com no máximo 5 homens, mas o número aumenta quando há ao menos uma mulher como criadora, posição em que ocupam 28% das cadeiras.

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