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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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HBO barra programa polêmico que detona Bolsonaro – eis o que há nele

Plataforma não disponibilizou episódio de talk-show do inglês John Oliver em que apresentador faz críticas contundentes ao candidato

Por Amanda Capuano Atualizado em 5 out 2022, 17h27 - Publicado em 5 out 2022, 12h16

Quem entrar na página do talk show Last Week Tonight com John Oliver, na HBO Max, verá que a nona temporada pula do episódio 22, da série Law and Order, para o 24, sobre museus. Não disponibilizado pela plataforma, o 23º episódio, exibido nos Estados Unidos no dia 25 de setembro, trata das eleições brasileiras e tece uma série se críticas ao presidente e atual candidato à reeleição Jair Bolsonaro. “Há quatro anos, nós discutimos sua primeira candidatura. Se você perdeu, aqui vai um resumo rápido: Bolsonaro é um candidato de direita, militar e populista que falou para uma colega de Congresso que não a estupraria porque ela não merece. Que disse que preferia que um filho morresse em uma acidente do que se revelasse gay e que adora fazer arminha com a mão o tempo inteiro”, dispara o apresentador.

Questionada por VEJA sobre a ausência na plataforma, a HBO Max se justificou em comunicado dizendo: “A Warner Bros. Discovery informa que optou por atrasar a inclusão na plataforma do 23º episódio de Last Week Tonight com John Oliver em que Jair Bolsonaro é mencionado e que foi exibido nos Estados Unidos, domingo (25/9), uma vez que não há episódios atuais e similares sobre os demais candidatos. Desta forma, mantemos isonomia e evitamos parcialidade até o final do período eleitoral.”

Com o humor ácido que é marca registrada da atração, Oliver mistura falas e vídeos de Bolsonaro e seus apoiadores a críticas à gestão do presidente, passando pelo avanço do desmatamento na amazônia, má gestão da pandemia e fazendo comparações com a recusa de Donald Trump em aceitar o resultados das eleições americanas. “A preocupação no Brasil parece ser que, caso Bolsonaro perca, ele não saia do cargo sem lutar e siga o exemplo de Trump encorajando seus apoiadores a fazer uma versão tropical da invasão ao capitólio”, explica. “Mas a versão de Bolsonaro do 6 de janeiro pode ser muito mais destrutiva, já que ele fez um ótimo trabalho cultivando apoio entre os militares, o que é bem preocupante quando ele diz aos seus apoiadores coisas como essa”, analisa antes de expor um vídeo de 2021 em que Bolsonaro diz que só tem três alternativas para o futuro: ser preso, morto ou vitorioso — e que a primeira delas não é uma opção.

Focando as críticas em Bolsonaro, Oliver explica que seu principal oponente no páreo é o ex-presidente Lula. “Ele era incrivelmente popular durante seu governo, mas depois foi pego em uma investigação internacional de corrupção, a operação lava-jato, e chegou a ser preso durante a última eleição, então não pode concorrer. Mas suas condenações foram anuladas e as pesquisas mostram ele liderando a corrida com uma margem de 10%”, explica ele, citando as projeções feitas antes do primeiro turno. “Bolsonaro já disse que se ele não ganhar no domingo com pelo menos 60% dos votos, algo de errado aconteceu. Então, uma das maiores democracias do mundo parece estar balançando a beira de um penhasco”, reintegra ele, alertando para os riscos de atual presidente não aceitar o resultado das urnas.

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O apresentador ainda destaca o avanço da destruição da Amazônia durante o governo Bolsonaro, descrevendo o presidente como “um desastre absoluto para a amazônia, a floresta que é crítica para o Brasil e para todo o planeta terra”. Um dado apontado por ele para embasar a crítica são as emissões de carbono no ano de 2020. “Enquanto a emissão de gás do mundo caiu quase 7% por causa da pandemia, a do Brasil aumentou quase 10%”, aponta ele. A “Catástrofe definitiva”, porém, descreve Oliver, veio com a gestão da pandemia. “Desde o começo, ele se recusou a levar isso a sério, chamando de uma gripezinha, e quando as mortes explodiram, se livrou da responsabilidade das formas mais esdrúxulas possíveis”, aponta antes de exibir uma série de vídeos em que o presidente desdenha da pandemia. Como é de praxe, Oliver ainda encontra espaço para piada. “Ele não apenas abdicou a responsabilidade pela pandemia, mas tornou ela pior, atacando governadores e qualquer um que promovesse lockdowns ou distanciamento social”, diz ele, destacando o atraso na compra de vacinas.

Confira o episódio:

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