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Doc do Globoplay revive assassinato nunca resolvido de funkeiro MC Daleste

Produção do streaming relembra origem, ascensão e morte do cantor Daniel Pedreira Sena Pellegrini

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 fev 2024, 00h53 - Publicado em 22 fev 2024, 20h21

Uma das músicas mais famosas de Gloria Groove, Vermelho tem como inspiração direta Mina de Vermelho, composição de Daniel Pedreira Sena Pellegrini, o MC Daleste, funkeiro da periferia paulista que foi um sucesso nas periferias no começo dos anos 2010, no auge do chamado “funk ostentação”, em que cantores desse gênero narravam em suas canções sobre ter muito dinheiro, comprando carros de luxo e conquistando mulheres a rodo. O que tornou Daleste famoso mundialmente, porém, foi seu assassinato em cima de um palco com um tiro, na frente de 5.000 pessoas em Campinas, no interior de São Paulo, em 2013 — o caso nunca foi solucionado. A trajetória do MC e o apelo para que a investigação seja reaberta e o culpado encontrado são mostrados em MC Daleste – Mataram o Pobre Loco, novo documentário do Globoplay que chega ao streaming nesta sexta-feira, 23, em quatro episódios.

Na produção estilo reportagem do Fantástico, a série conta com depoimentos da família de MC Daleste, funkeiros, autoridades que investigaram o caso, além de entrevistas com supostas testemunhas do caso que falam anonimamente. “O grande motivo de eu ter topado essa entrevista foi a esperança de reabrir esse caso. Já faz dez anos. Se eu não fizer nada agora, não vão fazer nada nunca mais”, explica Rodrigo Pellegrini, irmão de Daleste, nos primeiros dois episódios, aos quais VEJA teve acesso antecipado.

“Eu acredito que há dez anos era inimaginável que uma drag queen seria recebida de braços abertos em um estilo como esse (funk), tão denominado por homens. Ser funkeiro é sobre falar abertamente sobre essas experiências, por isso acho que isso está conectado com ser drag queen. Talvez por isso o Daleste, mesmo depois de não estar mais aqui com a gente, tenha conseguido me ajudar a contar essa história tão profunda. Existia uma intenção de amor e respeito muito grande de poder honrar ao mesmo tempo a história do funk brasileiro, do funk de São Paulo, e a vida do Daniel. Do Daniel Daleste e Daniel Garcia/Gloria Groove. Depois de cantar Vermelho a gente sabe que Daleste vive”, diz a drag também no primeiro capítulo.

O assassinato de Daleste em um palco lotado de pessoas e na frente de milhares chocou o Brasil e o mundo, já que o crime foi filmado de vários ângulos, mas o criminoso nunca foi localizado. Nos dois primeiros episódios, a série do Globoplay usa artifícios apelativos para comover: vemos as origens humildes do funkeiro, ouvimos os amigos e irmãos emocionados, a visita a seu túmulo, as lembranças do enterro que contou com muitos fãs e conhecidos, até o depoimento de um funcionário do cemitério que presenciou o funeral. Nessa primeira parte, o contexto de quem foi a vítima poderia ter sido mais resumida, mas mostra quem foi. Entretanto, o material desses dois primeiros episódios carece de qualquer novidade interessante. Resta saber se o complemento trará algo relevante que possa instigar a reabertura do caso.

Daniel Pellegrini nasceu na Penha, bairro da Zona Leste de São Paulo, e era o caçula de quatro irmãos. Ele morreu aos 20 anos. A Polícia Civil investigou o caso, mas nunca indiciou nenhum suspeito por falta de provas. As possíveis motivações para o crime envolviam a hipótese de ciúme de alguma moça com quem ele se relacionava; inveja de suas conquistas; e até vingança contra alguma atitude.

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MC Daleste – Mataram o Pobre Loco é dirigida por Guilherme Belarmino e Eliane Scardovelli — que também é roteirista do projeto ao lado de Caio Cavechini.

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