A Netflix anunciou recentemente a cobrança de uma taxa extra para usuários que compartilham a assinatura com pessoas que moram em outra residência. A mudança, é claro, causou comoção entre vários assinantes. Afinal, como funciona a fiscalização? É proibido assistir a conteúdos fora de casa? E as viagens? Para atender a essas questões, a plataforma atualizou recentemente uma central de ajuda, dando mais informações sobre o processo, que parece bastante confuso em um primeiro momento. Por isso, VEJA selecionou algumas situações, confira:
Compartilhamento dentro de casa
Se você compartilha a Netflix com quem mora na sua casa, seja familiar ou um colega de quarto, não haverá nenhuma mudança prática na assinatura. Isso porque a empresa utiliza a rede de wi-fi para definir quem faz parte da sua “residência Netflix”, e todos os dispositivos conectados regularmente à mesma rede da sua televisão principal ficam cadastrados e podem ser utilizados para acessar a plataforma normalmente em qualquer lugar.
Viagens
O site da plataforma diz que os assinantes poderão acessar a Netflix durante viagens através de dispositivos móveis ou em televisões de hotel. No caso dos dispositivos móveis, se eles fizerem parte da sua “residência Netflix”, podem ser usados normalmente. Para as televisões, o usuário terá que verificar sua identidade com a plataforma durante o período fora através do celular.
Segunda casa ou viagens frequentes ao mesmo local
Se o usuário possui uma segunda casa, como um apartamento de praia, por exemplo, para onde vai com frequência, poderá usar a plataforma nesse local fazendo uma verificação por meio dos dispositivos móveis. “No local principal em que assiste à Netflix, conecte-se à internet e abra o aplicativo Netflix uma vez por mês no celular ou tablet. Faça o mesmo quando estiver na segunda localização para continuar assistindo à Netflix sem interrupções”, informa o site.
Usuário extra
Se você compartilha a assinatura da Netflix com alguém que não mora na mesma residência, é possível continuar com a divisão mediante o pagamento de uma taxa de 12,90 reais mensais — além do valor da assinatura. Nesse caso, o usuário extra terá um login e uma senha à parte, mas a fatura da conta continua responsabilidade do assinante principal. A empresa também oferece a opção de “transferir perfil”, em que qualquer pessoa que tenha um perfil cadastrado em uma conta conjunta pode transferi-lo, com todo o histórico de títulos já vistos e a lista do que quer assistir, para uma nova assinatura, paga pelo novo usuário.
Controvérsia e dúvidas
Apesar de ainda parecer um tanto confusa, a mudança parece que vai afetar, de fato, apenas o uso de uma mesma senha em televisores de diferentes residências. O site da Netflix, afirma, por exemplo, que quem não utiliza o serviço em uma televisão não precisa definir um endereço fixo – nesse caso, a verificação será feita através do “endereço IP, nos IDs de aparelhos e nas atividades da conta”.
Essa barreira extra é impopular e já registrou queda de assinantes em outros países desde seu anúncio. Por outro lado, existe a possibilidade de que as pessoas migrem de planos mais complexos, antes compartilhados, para versões mais baratas, como a que funciona através de propagandas. A longo prazo, a empresa espera resultados positivos.