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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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A polêmica que Fabio Porchat causou ao defender piadas sobre minorias

Humorista presta apoio ao comediante Leo Lins, que foi proibido de fazer sátiras contra negros e classe LGBTQIA+

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 Maio 2023, 16h01

O apresentador Fabio Porchat causou polêmica ao defender Leo Lins, humorista que fora obrigado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a apagar um vídeo de um de seus shows do YouTube por conter piadas sobre pessoas negras, escravidão, perseguição religiosa, idosos e pessoas com deficiências. O especial de comédia de Lins havia sido publicado no final do ano passado, teve 3,3 milhões de visualizações e continha sátiras como: “O negro não consegue arrumar emprego, mas na época da escravidão já nascia empregado e também achava ruim”. Segundo a decisão da juíza Gina Fonseca Correa, que atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo, o comediante estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”. A magistrada ainda proibiu Lins de publicar, transmitir e até a posse de conteúdo “depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável”.

Defensor de pautas progressistas, Fabio Porchat criticou fortemente a decisão, a chamando de “vergonhosa e inaceitável”. No passado, o comediante já se declarou como um racista em desconstrução e chegou a dizer que “fazer piadas que perpetuem o preconceito é uma m*”, mas prestou apoio a Leo Lins, argumentando que “se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada”.

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“Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva? Opa. Mas aí é só não assistir. Quem foi lá assistir ao Leo adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser. Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo. Não gostar de uma piada não te dá o direito de impedir ela de existir”, escreveu Porchat no Twitter.

“Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Mesmo que você não goste desse comediante, mesmo que você despreze tudo o que ele diz, ele tem o direito de dizer. Ele tem o direito de ofender. Não existe censura do bem. Se cada pessoa que se ofender com uma piada resolver tirar ela do ar não sobra um Joãozinho, um papagaio, um argentino. Pra mim democracia não é um regime pra você defender as suas ideias, mas pra quem você não concorda poder defender as delas. Não confundam ‘não gosto dele’ com ‘ele não pode falar’. Não entrem nessa conversa com a emoção, entrem com a razão”, concluiu.

Por causa da defesa acalorada de Porchat, o ex-apresentador do Papo de Segunda, do GNT, foi duramente criticado nas redes sociais e acusado de ser conivente com comportamentos e comentários de cunho racista.

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