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Sobre Palavras Por Sérgio Rodrigues Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
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Vamos à crase: em substituição a (ou à) beltrano?

“Existe crase em ‘Fulano foi cadastrado em substituição a (à) beltrano’? Sempre fico na dúvida. Obrigada.” (Eliane Rianelli) A crase é a contração da preposição a com o artigo definido feminino a/as. Em vez de escrever, por exemplo, “Bem-vindo a a Bahia”, juntamos preposição e artigo, com o acento grave indicando a contração: “Bem-vindo à […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 02h34 - Publicado em 26 nov 2014, 12h03
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  • “Existe crase em ‘Fulano foi cadastrado em substituição a (à) beltrano’? Sempre fico na dúvida. Obrigada.” (Eliane Rianelli)

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    A crase é a contração da preposição a com o artigo definido feminino a/as. Em vez de escrever, por exemplo, “Bem-vindo a a Bahia”, juntamos preposição e artigo, com o acento grave indicando a contração: “Bem-vindo à Bahia”.

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    É claro que o mesmo não ocorre em “Bem-vindo ao Rio”, pois o artigo masculino forma com a preposição outro tipo de contração – isso ninguém erra, certo? Mas basta que o artigo não seja usado para que o erro apareça: uma frase como “Bem-vindo à Brasília”, por exemplo, é equivocada, mas comum.

    Como averiguar isso? Procurando o artigo feminino. Por acaso dizemos “A Brasília é a capital do Brasil”, “Meus primos moram na Brasília”? Não, esse artigo não existe. Portanto, deve-se escrever “Bem-vindo a Brasília”.

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    Só haverá crase se houver na frase, simultaneamente, preposição e artigo definido feminino (ou um pronome demonstrativo como “aquele”, mas isso não vem ao caso agora). Apenas um dos dois elementos não basta.

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    Vejamos então o caso trazido por Eliane. Na construção “Fulano foi cadastrado em substituição a beltrano”, temos a preposição a, certo. Mas não temos o artigo a, pois “beltrano” é substantivo masculino. Ou seja, escrevemos “…em substituição a beltrano”, sem o acento grave que indica crase.

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    Agora imagine-se que, em vez de beltrano, o tal fulano tivesse sido cadastrado “em substituição à mãe dele”. Neste caso teríamos crase, isto é, a contração da preposição (de “em substituição a”) com o artigo (de “a mãe dele”).

    *

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