O mundo fechou os portões para o Brasil neste primeiro domingo de Enem. Motivos não faltam: atraso, retrocesso, movimento antivacinas, defesa da Terra plana, negação da ecologia, dos avanços de direitos humanos e exaltação do pão com leite condensado.
Neste primeiro Enem do governo Bolsonaro, as questões não poderão ter viés ideológico — que não seja o do presidente — e a posterior correção das provas está proibida de ser feita com caneta vermelha, porque é coisa de comunista.
Nas escolas e cursinhos, os alunos se prepararam para a redação levando em conta assuntos queridos ao novo governo. Nióbio e golden shower estão na lista.
Publicado em VEJA de 6 de novembro de 2019, edição nº 2659