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É o Judiciário que está no ‘banco dos réus’, diz líder do MST

João Pedro Stédile também chamou de “exagero” a operação de segurança: “muita firula provocada pelo prefeitinho”

Por Paula Sperb
Atualizado em 22 jan 2018, 18h39 - Publicado em 22 jan 2018, 18h29
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  • Entre barracas do acampamento dos movimentos sociais instalado em Porto Alegre, João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) disse na tarde desta segunda que o Judiciário será “julgado” na quarta-feira, dia da decisão sobre o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a nove anos e meio de prisão em primeira instância.

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    “Não é o Lula que está no banco dos réus. É poder Judiciário. Aqui em Porto Alegre nós não vamos julgar o Lula. Aqui quem está sendo julgado é o poder Judiciário. Ele tem que dizer para o povo brasileiro se ele vai continuar seguindo a Constituição e os ditames da lei ou ele vai continuar seguindo a Globo e fazendo sentenças de acordo com a vontade da burguesia brasileira”, disse Stédile.

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    Assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, que apontou o que chama de “falhas” e “abuso de poder no processo”, Stédile diz que o processo “não tem provas”. “O processo que chegou aqui é completamente irreal ou surreal. Não há nada nas provas nos autos que levem a sua condenação”, afirmou.

    Stédile elogiou o trabalho de policiais militares durante a marcha dos movimentos sociais na manhã desta segunda: “Agradeço a civilidade que eles tiveram”. Mas criticou a operação que contará com atiradores e bloqueio “aéreo, terrestre e naval”. “Muito exagero, muita firula provocada pelo prefeitinho que temos aqui em Porto Alegre. Aliás, ele nem conhece a cidade. Se conhecesse não estava essa sujeirama toda por aí. O prefeito que criou aquela celeuma, ameaçou chamar o Exército”, disse Stédile sobre Nelson Marchezan Jr. (PSDB).

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    O prefeito escreveu uma carta ao presidente Michel Temer (PMDB) solicitando reforços na segurança. Porém, a solicitação é uma atribuição exclusiva do governo estadual. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que não há “ameaça concreta” à segurança vinda dos movimentos a favor ou contra o ex-presidente.

    Além disso, Stédile citou o exemplo das manifestações em Curitiba, na época do depoimento de Lula ao juiz Moro, que não tiveram incidentes graves. “O MST e a Frente Brasil Popular já estivemos duas vezes em Curitiba, vocês são testemunhas. Levamos 50.000 pessoas lá. Não houve um arranhão. Aliás, em Curitiba, a única provocação que nós sofremos foi de madrugada que passou um motoqueiro do MBL e soltou um rojão desses de festa contra nosso acampamento. Mas, felizmente, ninguém ficou ferido”, disse.

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    Em relação ao resultado do julgamento, Stédile disse que “há três hipóteses e qualquer uma delas é possível”. As hipóteses seriam a condenação por três a zero, a condenação por dois a um e a absolvição dele por dois a um. Para ele, a absolvição teria esse placar porque o desembargador João Pedro Gebran Neto já teria se manifestado e seria “amigo de Moro”. “Existe promiscuidade entre eles que não deveria existir, ficam fazendo elogios públicos um para o outro. Não é assim que um juiz deve proceder nos processos. Isso nos leva a crer que João Pedro já tomou uma decisão. Agora, os outros dois juízes ninguém sabe”, falou.

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