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Ricardo Rangel
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Um tapa na cara do Supremo

O projeto do orçamento secreto é inconstitucional e pode levar a um impasse institucional

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 nov 2021, 19h46
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  • O Congresso aprovou um projeto que dá uma transparência bastante opaca para o futuro e mantém a total opacidade no que se refere ao passado.

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    O esquema do orçamento secreto permite a liberação arbitrária de valores ignorados com critério obscuro por decisão de parlamentares ocultos para benefício de pessoas desconhecidas.

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    O modelo contraria os princípios constitucionais da publicidade, da impessoalidade, da moralidade e da separação dos Poderes, e facilita a corrupção. É um ataque à República e à democracia.

    Como se fosse pouco, o projeto aprovado configura descumprimento de ordem judicial, o que não só é inconstitucional, como é crime. A decisão do Congresso é um tapa na cara do Supremo e pode levar a um impasse institucional.

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    O Centrão, principal beneficiário, votou inteiro a favor. É claro. O rio corre pro mar.

    O MDB, que um dia se chamou Movimento Democrático Brasileiro, votou em massa a favor. “É um partido de moral homogênea” declarou certa vez o deputado Marcito Moreira Alves.

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    O DEM, que um dia se chamou Democráticos, também votou em massa a favor. A metamorfose está completa: o partido bandeou-se de vez para o lado escuro da Força. E o PSDB já está mais para lá para do que para cá: os deputados que votaram a favor somaram o o dobro dos que votaram a contra.

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    Vale registrar que nossos senadores tiveram muito mais compostura do que nossos deputados. Enquanto na Câmara foi uma goleada (268 votos a 31), no Senado quase bateu na trave: passou por 34 a 32.

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    Somando as duas casas, o orçamento secreto teve 302 votos. Diante de tal placar, é impossível não lembrar de que, há muito tempo — muito antes de o PT criar o mensalão e o petrolão, funcionalmente iguais ao orçamento secreto — o então deputado Luís Inácio da Silva declarou que no Congresso Nacional havia “300 picaretas”.

    Enfim, resta saber o que a ministra Rosa Weber vai achar de tudo isso.

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