Assine VEJA por R$2,00/semana
Ricardo Rangel
Continua após publicidade

Simone venceu. O que Doria deve fazer?

“Política não se faz com ódio, pois não é função hepática”, ensinou Ulysses Guimarães

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2022, 18h43 - Publicado em 19 Maio 2022, 18h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Simone Tebet venceu. Não surpreende, foi a única que se comportou como profissional. Jogou quase todo o tempo parada, avançando somente se absolutamente necessário, como quando o machismo reinante na política brasileira tentou relegá-la a vice na chapa de Eduardo Leite. Suavemente, informou: “não vou ser candidata à vice-presidência da República”.

    Publicidade

    João Doria está indignado, sentindo-se vítima de um ultraje. Errado, não está. Afinal, venceu as prévias, e está sendo cristianizado em praça pública. Por outro lado, as coisas não acontecem por acaso. Doria nunca uniu seu partido, pisou nos calos de metade dos caciques tucanos e fez um jogo pesado nas prévias. Nada disso contaria, no entanto, se o ex-governador de São Paulo estivesse bem nas pesquisas. Mas ele não está.

    Publicidade

    Se Doria seguir na linha em que está indo, a do confronto, tentando seguir candidato contra tudo e contra todos, o fracasso é certo. O máximo que conseguirá é manter a esperança até julho, quando a convenção da federação PSDB-Cidadania liquidará suas últimas esperanças (se, por um milagre, a candidatura for confirmada, as urnas a enterrarão).

    Doria passará à história como o homem que inviabilizou a terceira via e botou Lula e Bolsonaro no segundo turno (se isso é fato ou não, ninguém nunca saberá, mas essa é a versão que vai ficar). Depois disso, o ex-governador de São Paulo será abandonado em um limbo tão grande que poderá representar o fim de sua curta carreira política.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Outra hipótese é engolir a raiva e o orgulho político, adiar o sonho de ser presidente e inverter o jogo. Aderir a Simone de corpo e alma em troca de duas contrapartidas: um ministério importante em um eventual governo Tebet e o fim da reeleição.

    Se Doria esfriar a cabeça e parar de raciocinar com o fígado, será bom para todo mundo. Especialmente para ele mesmo.

    Publicidade

    “Política não se faz com ódio, pois não é função hepática”, ensinou Ulysses Guimarães.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.