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Uma democracia não se faz só com eleições. Ou: Governo e estatais financiam ataque à liberdade de imprensa também no Brasil

No post anterior, vocês lêem que a polícia invadiu a sede da Cablevisión, empresa de TV a cabo do grupo Clarín, na Argentina, numa conspirata envolvendo setores do empresariado e da Justiça ligados a Cristina Kirchner. Cristina, a Louca, vem numa escalada de confronto com a imprensa do país. É uma das heroínas dos vigaristas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h52 - Publicado em 20 dez 2011, 16h43
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  • No post anterior, vocês lêem que a polícia invadiu a sede da Cablevisión, empresa de TV a cabo do grupo Clarín, na Argentina, numa conspirata envolvendo setores do empresariado e da Justiça ligados a Cristina Kirchner.

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    Cristina, a Louca, vem numa escalada de confronto com a imprensa do país. É uma das heroínas dos vigaristas que pedem o “controle social da mídia” no Brasil. Se vocês querem saber que modelo parte considerável do petismo e seus esbirros a soldo gostariam de ver implementado por aqui, olhem para o que está em curso no país vizinho. Essa gente não gosta de polícia contra baderneiro. Polícia, para eles, serve para reprimir as pessoas que não pensam de acordo com a cartilha oficial.

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    O que faz de uma democracia uma democracia? Sim, é preciso haver eleições. Na Argentina, há. E, no entanto, já não se pode dizer hoje que o país seja plenamente democrático, uma vez que a liberdade de opinião está sob ataque organizado do governo, que mobiliza a estrutura do estado para intimidar adversários e calar a divergência. Numa democracia, o governo de turno não elege empresas de comunicação para atacar os “inimigos” dos poderosos de turno, especialmente quando utiliza, para isso, recursos do estado.

    É possível, em suma, num regime formalmente democrático, corroer os valores da democracia. Na Argentina, isso se dá de modo explícito, violento, armado. No Brasil, a coisa é mais sutil. Mas é perceptível, por aqui também, a ação da canalha a serviço do oficialismo. Quando pistoleiros disfarçados de jornalistas se organizam contra partidos e líderes da oposição, com o patrocínio do governo federal e de estatais, estamos diante, é evidente, de UMA VIOLÊNCIA PRATICADA PELO ESTADO.

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    Trata-se de uma tentativa de fazer o “controle político da mídia”: uma súcia a soldo é mobilizada com o propósito específico de caluniar, de difamar, de injuriar aqueles que consideram “incômodos”. E todos viram alvos: políticos de oposição, jornalistas, veículos de comunicação considerados “inimigos” e empresários que não rezam segundo a cartilha. E, como se sabe, vale tudo, MUITO ESPECIALMENTE A MENTIRA.

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    Vejam lá: na Argentina, um grupo de comunicação “amigo” participou da conspirata. No Brasil, o petismo também elegeu alguns bucaneiros para serem alimentados pelo leite de pata do governo federal e das estatais.

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    Celac
    No dia 13 deste mês, escrevi aqui um post sobre uma estrovenga chamada “Celac” (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Não por acaso, a assinatura oficial da carta de adesão à comunidade se deu na Venezuela. Dilma estava lá, chancelando a farsa. A dita comunidade repudia, nos seus princípios, o golpe de estado, o que parece bom. Mas não foi explícita sobre a liberdade de expressão porque isso poderia ofender países como Cuba, Equador, Bolívia e Venezuela, que hoje tentam sufocar a imprensa livre. A Argentina agora entrou, sem subterfúgios, no time dos países onde a liberdade de expressão está sob a tutela da violência estatal.

    É o que a canalha de difamadores e pistoleiros quer também no Brasil. Parte do projeto, reitero, já está em curso.

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