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Um crime contra a eficiência – Embrapa ameaça extinguir núcleo de gestão territorial e usuários protestam

Caros, falarei a respeito à noite. Um crime está sendo cometido na Embrapa. A reportagem abaixo faz um apanhado do assunto. A crise esconde bem mais do que se percebe à primeira vista. Por José Maria Tomazela, no Estadão: Usuários dos serviços do núcleo de Gestão Territorial Estratégica (GTE), área de excelência da Empresa Brasileira […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h34 - Publicado em 16 mar 2011, 05h47
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  • Caros, falarei a respeito à noite. Um crime está sendo cometido na Embrapa. A reportagem abaixo faz um apanhado do assunto. A crise esconde bem mais do que se percebe à primeira vista.

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    Por José Maria Tomazela, no Estadão:
    Usuários dos serviços do núcleo de Gestão Territorial Estratégica (GTE), área de excelência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Campinas, reagiram à denúncia da extinção da unidade, publicada na edição de ontem do “Estado”.

    De acordo com o artigo, desde que assumiu o Centro de Monitoramento por Satélite, no fim de 2009, a atual direção vinha paralisando a prestação de serviços aos Ministérios da Agricultura, do Planejamento, aos órgãos da Presidência da República e às organizações da sociedade. O desmonte culminou com a destituição do então supervisor do GTE, Claudio Spadotto, e de sua equipe, na semana passada.

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    Um dos setores mais afetados é o do agronegócio, que usava os estudos do GTE para dimensionar as reservas florestais e áreas de agricultura e pecuária. Para a Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto, a equipe técnica do GTE produziu dois estudos de gestão territorial, um deles enfocando a região de Ribeirão Preto, o outro, a região nordeste do Estado. A assessoria da presidente Monika Bergamaschi disse que seria lamentável a paralisação do serviço.

    O empresário do setor sucroalcooleiro Maurílio Biagi Filho, conselheiro da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), considerou um “desserviço para o agronegócio” o fim do núcleo de pesquisa e inovação da Embrapa em Campinas.

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    O GTE também vinha abastecendo com informações estratégicas outros setores, como o da segurança. “É lamentável porque eles vinham fazendo um trabalho sério, com base científica, num setor em que geralmente falta serenidade.”

    Os mapas produzidos com detalhes de até 50 cm foram usados na operação militar que resultou na ocupação do Complexo do Alemão, no Rio. O centro apoiou o Exército nas ações de paz no Haiti e na proteção das fronteiras. Também tinha se transformado em parceiro do governo nos vários níveis de gestão. A Casa Civil da Presidência usava a tecnologia para monitorar, via satélite, as mais de 400 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no País.

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    Entre os projetos paralisados, estão levantamentos que ajudariam 60 cidades do interior paulista a planejar o crescimento urbano e até a retirar moradores de áreas de risco. Apenas em Campinas, com o uso de satélites, o GTE identificou 17 áreas inundáveis, permitindo que a prefeitura planejasse intervenções de baixo custo. O prefeito Hélio Santos (PDT) considerou lamentável a paralisação do serviço.

    Quando o banco de dados do GTE foi retirado do site, no mês passado, Santos enviou ofício ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pedindo a recolocação e foi atendido.

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    Elogios. O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) disse que vai conversar com o ministro Wagner Rossi sobre a paralisação dos serviços do núcleo do GTE de Campinas. Ele usou os mapas para subsidiar a elaboração da proposta do novo Código Florestal e disse que o serviço tem sido elogiado por todos que o utilizam. “Uso também para pautar os trabalhos da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, por isso sei que esse trabalho é importante e essencial.”

    Ouvido pelo Estado, o diretor do Centro de Monitoramento da Embrapa – Campinas, Mateus Batistella, negou que tenha desativado o GTE. Segundo ele, algumas mudanças fazem parte de uma grande reestruturação da Embrapa nas 45 unidades de pesquisa espalhadas pelo País.

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    Battistella disse que o GTE nunca foi um setor, núcleo ou área definida no regimento do órgão. “É um laboratório que faz parte do núcleo de pesquisa e desenvolvimento e está sendo ampliado e fortalecido, inclusive com a contratação de pesquisadores.” Segundo ele, os serviços continuarão a ser prestados normalmente.

    Spadotto contestou a versão do atual dirigente: “O que foi dito por ele (Batistella), numa reunião formal, foi que o GTE deixaria de existir”. O ex-dirigente, que entrou com ação contra o atual por assédio moral, não acredita que os usuários serão atendidos nas demandas mais específicas.

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    O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi procurado pela reportagem, mas não tinha dado retorno até o início da noite.

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