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Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Sob comando do PT, Foro de São Paulo celebra censura à imprensa

Há veículos de comunicação e, sobretudo, jornalistas que exigem umas chicotadas para acordar. Sem isso, dormem o sono dos tolos. Oh, alguns consideraram excessivo o discurso do tucano José Serra no seminário da ANJ, em que acusou as muitas tentativas do governo de censurar a imprensa. Pois bem. Leiam o que segue. Volto em seguida: […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h28 - Publicado em 21 ago 2010, 06h25
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  • Há veículos de comunicação e, sobretudo, jornalistas que exigem umas chicotadas para acordar. Sem isso, dormem o sono dos tolos. Oh, alguns consideraram excessivo o discurso do tucano José Serra no seminário da ANJ, em que acusou as muitas tentativas do governo de censurar a imprensa. Pois bem. Leiam o que segue. Volto em seguida:

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    Foro de São Paulo celebra iniciativas que aumentam controle da imprensa

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    Por Gustavo Hennemann, na Folha Online:
    O Foro de São Paulo, que reúne partidos da esquerda latino-americana sob a liderança do PT, encerrou hoje seu 16º encontro, em Buenos Aires, celebrando iniciativas de governos da região que tentam aumentar o controle do Estado no setor de comunicação social.

    Segundo a resolução aprovada pelo grupo, a lei de mídia aprovada na Argentina em 2009 –hoje suspensa pela Justiça– deve ser uma “referência imprescindível” para os demais países.

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    Além de dividir as concessões igualmente entre o Estado, movimentos sociais e o setor privado, a lei argentina obriga o Grupo Clarín –maior do país– a se desfazer de licenças de transmissão de TV e rádio.

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    A norma contribui para a “pluralidade e diversidade de vozes”, segundo o Foro, e demonstra que o Estado deve ter um papel de protagonista na política do setor e precisa “colocar limites na concentração dos meios”.

    O Foro também destacou que setores sociais do Brasil, da Argentina e do Paraguai conseguiram levantar dúvidas sobre a “credibilidade dos grandes meios de comunicação” e que isso resultou em menores níveis de venda e audiência no caso de jornais impressos e da TV.

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    Ao reiterar seu apoio total à Revolução Cubana, o grupo também “denunciou uma feroz campanha midiática” contra o país caribenho que tenta provocar o descrédito das autoridades do regime comandado por Raúl Castro.

    Fundado em São Paulo, em 1990, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo então líder do governo cubano Fidel Castro, o Foro conseguiu articular a esquerda do continente. Juntos, os partidos se transformaram em uma frente de contestação à onda neoliberal instaurada na última década.

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    Hoje, partidos que integram o Foro governam 11 países da América Latina e têm diferentes propostas de modelo econômico e político. Enquanto uns querem implantar o modelo socialista semelhante ao de Cuba, outros defendem regimes mais igualitários, mas sem a extinção do mercado.

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    Durante o encontro realizado na Argentina, o secretário-executivo do Foro e dirigente do PT, Valter Pomar, leu uma carta enviada pelo presidente Lula aos participantes do evento.

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    Além de comemorar os avanços da esquerda no continente, Lula criticou a “direita que foi apeada do poder pela vontade popular”.

    Na declaração final, o Foro registrou que “demonstra satisfação” por ver a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff liderando as pesquisas de intenção de voto.

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    Comento
    Começo dando uma dica ao repórter. Não estrague seu texto, rapaz, reafirmando as mentiras que alguns dizem sobre si mesmos para tentar lavar a própria biografia. É uma besteira afirmar que o Foro de São Paulo foi criado em 1990 como “frente de contestação à onda neoliberal instaurada na última década”  – “última” certamente quer dizer, no texto, “anterior”.

    Não é isso, não, viu Hennemann? Leia os documentos do Foro e verá que ele foi criado como uma resposta das esquerdas ao colapso da União Soviética. Elas concluíram que precisavam se unir contra o que chamavam “Poder Único” – os EUA… Na América Latina, a entidade pretendeu substituir a Internacional Comunista. E, de certo modo, foi bem-sucedida.

    O PT é hoje a principal força do Foro, condição adquirida com a chegada de Lula ao poder e com a importância que o partido tem hoje no aparelho de estado no Brasil.

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    Não se deve confundir o grupo com uma associação lítero-musical. Ele coordena estratégias de tomada e manutenção de poder no continente. Como o próprio Lula faz questão de destacar, seus “associados” governam hoje 11 países – cada um com a sua própria tática, mas todos sempre repudiando o entendimento que o mundo democrático tem da… democracia! Isso explica a ação absurda empreendida por Venezuela, Brasil e El Salvador para tentar reinstalar o golpista Manuel Zelaya na Presidência de Honduras.

    No que concerne a imprensa, resta evidente que as ações de intimidação e censura já não são uma “pauta nacional”. Há um movimento nesse sentido na América Latina, e o Foro a coordena. Sob o pretexto da “democratização” – linguagem que o casal Kirchner emprega na Argentina -, busca-se subordinar a imprensa ao controle do estado e de grupos de pressão ligados a partidos – justamente aqueles representados na entidade.

    Eles são assim mesmo. Num dia, Franklin Martins emite uma nota repudiando a acusação de que governo e PT tentam censurar a imprensa. No seguinte, o partido comanda uma espécie de convocação em favor da censura na América Latina.

    PS – Em razão de algum problema técnico, este post saiu truncado ontem, com a área de comentário fechada.

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