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PCC encomendou missa dentro da Catedral da Sé; “Cansei” não pode

Se, amanhã, o pessoal do Cansei juntar dez pessoas na Praça da Sé, já terá sido um sucesso. Podem pesquisar até onde a Internet alcança ou nos arquivos da imprensa. Nunca um movimento, nascido na democracia e com uma plataforma igualmente democrática, foi tão demonizado. Vejam a miríade de ONGs que andam por aí. Nunca […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h15 - Publicado em 16 ago 2007, 06h36
Se, amanhã, o pessoal do Cansei juntar dez pessoas na Praça da Sé, já terá sido um sucesso. Podem pesquisar até onde a Internet alcança ou nos arquivos da imprensa. Nunca um movimento, nascido na democracia e com uma plataforma igualmente democrática, foi tão demonizado. Vejam a miríade de ONGs que andam por aí. Nunca se vai investigar a sua origem política. Já no caso do Cansei, não passa dia sem que algum veículo de imprensa lembre que João Dória Jr. apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência — e fica parecendo, então, muito normal ironizá-lo, tratá-lo com sarcasmo. A esquerda que protesta, supõe-se, votou em alguém e apoiou alguma candidatura. Jamais a Igreja Católica negou um templo seu para um movimento social. No dia 16 de novembro, o PCC mandou rezar uma missa. Na mesma Igreja da Sé que rejeitou o Cansei. Oficialmente, a cerimônia tinha sido encomendada por mulheres de presos. Conversa. E os padres não viram mal nenhum naquilo.

Com freqüência, por meio da Pastoral da Terra, a Igreja acaba apoiando verdadeiros atos criminosos dos ditos sem-terra. E, também nesse caso, os padres de passeata não vêem problema em se meter em questões mundanas, terrenas, leigas. O sacerdote que escolhe a quem ministrar a salvação e a quem garantir a proteção e o apoio da Igreja está negando a palavra de Cristo e o princípio fundamental da Igreja Católica — que fala a todo mundo, jamais aos eleitos. A teologia que distingue o pobre do rico (ou classe média) é mais íntima do demônio do que de Deus porque separa, em vez de unir, os homens. Deus não olha andrajos nem mantos dourados. Aliás, não olha nem mesmo templo. Sendo dom Odilo cristão, católico, sabe que, em qualquer lugar se pode invocar o Senhor. Assim, ele poderia ser menos “dono” da Catedral da Sé. Espero que tenha ao menos o bom senso de ir à praça, levar aos que estiverem lá uma palavra de esperança.

Sabemos que a Al Qaeda eletropetralha mandou e-mails aos montes para a Igreja protestando contra a cessão da Sé para o culto. Claro: eles aparelharam aquele prédio também. Ali só se celebram missas em homenagem aos “oprimidos”. Foi o caso do PCC. Quando os valentes não estão encomendando corpos de policiais e agentes penitenciários, estão encomendando cerimônias, que os padres rezam de bom grado.

Não! Não estou defendendo o direito de o pessoal do Cansei se manifestar — ou não só. Estou defendendo o meu próprio direito. E o seu também, leitor. Dom Odilo baniu da Igreja uma parte do rebanho porque ela não reza segundo o seu catecismo. Qual catecismo? Aquele que tem o “imprimatur” de Bento 16? Não! O que está carimbado com a estrela vermelha do PT.

Envie sua mensagem de repúdio à atitude discriminatória de dom Odilo Scherer para estes endereços da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil:
Secretário Geral: Dom Dimas Lara Barbosa – secgeral@cnbb.org.br

Subsecretário Geral: Pe. Jose Luiz Majella Delgado – subsecgeral@cnbb.org.br
Assessoria de Imprensa: Pe. Geraldo Martins Dias – imprensa@cnbb.org.br
Assessoria Política: Pe. José Ernnane Pinheiro – politica@cnbb.org.br
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