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Ocidente começa a colher as primeiras flores do mal da dita “Primavera Árabe”

Um dia, creio, o mundo terá clareza das burradas que Estados Unidos, Reino Unido e França fizeram durante a chamada “Primavera Árabe”. Tudo sob a liderança deste Demiurgo das Esferas chamadas Barack Obama. Leiam o que vai no Globo, com informações do El País e de agências internacionais. Volto em seguida. O braço da al-Qaeda […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h03 - Publicado em 16 jan 2013, 16h34
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  • Um dia, creio, o mundo terá clareza das burradas que Estados Unidos, Reino Unido e França fizeram durante a chamada “Primavera Árabe”. Tudo sob a liderança deste Demiurgo das Esferas chamadas Barack Obama. Leiam o que vai no Globo, com informações do El País e de agências internacionais. Volto em seguida.

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    O braço da al-Qaeda no Norte da África sequestrou 41 estrangeiros em um ataque que seria uma resposta à Argélia por sua solidariedade com a França no conflito com os radicais islâmicos do Mali. O ataque durante a madrugada desta quarta-feira a um centro de extração de gás em In Amenas, perto da fronteira com a Líbia, deixou ainda dois mortos — um britânico e um francês — e seis feridos. Entre os reféns do grupo terrorista estão sete americanos, cinco japoneses que trabalham para a empresa de engenharia japonesa JCG Corp, ao menos um francês, um irlandês e um norueguês.  Os sequestradores fugiram com os estrangeiros, provavelmente em direção ao Mali. A petroleira BP, uma das que exploram o edifício, no entanto, informou que alguns homens armados ainda seguem no local.

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    O ministro de Exterior da Irlanda, Eamon Gilmore, confirmou que um dos presos é cidadão irlandês e exigiu a captura imediata dos sequestradores. A mulher do refém norueguês também afirmou ao jornal “Bergens Tidende” que seu marido havia sido sequestrado. “Ele me ligou esta manhã e disse que foi feito refém.

    O incidente também levantou temores de que a ação francesa poderia incitar mais ataques islamistas de vingança contra alvos ocidentais na África (…) e na Europa. O centro de extração de gás era explorado em conjunto pela empresa argelina Sonatrach, a britânica BP e a norueguesa Statoil. “É evidente que existe um vínculo direto entre este golpe e o apoio argelino à França”, afirma o analista argelino Chafic Mesbah. “A autorização de sobrevoo outorgada pela Argélia à força área francesa que bombardeia os grupos armados em Mali supõe uma mudança da atitude argelina. Há 20 anos, o pedido de Paris para utilizar o espaço aéreo argelino foi negada”, afirma ele, que foi coronel do Estado Maior.

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    Tropas argelinas tinham montado uma operação para resgatar os reféns e cercado o acampamento dos trabalhadores em Tiguentourine. Uma fonte do governo francês contou que os atacantes tinham vindo da Líbia. A ANI, agência de notícias de Mauritânia que tem contato direto regular com os islâmicos, informou que os combatentes sob o comando de Mokhtar Belmokhtar estavam mantendo os estrangeiros apreendidos no campo de gás.

    Belmokhtar por anos comandou combatentes da al-Qaeda no Saara antes de montar o seu próprio grupo armado islâmico, no ano passado, depois de uma aparente briga com outros líderes militantes.
    (…)

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    A França do “pacifista” François Hollande interveio no Mali. Pode ter arrumado uma dor de cabeça e tanto. Não o fizesse, no entanto, boa parte do país cairia nas mãos do terrorismo islâmico. Pois é…

    E de onde saíram alguns dos terroristas do Mali? Estavam combatendo o finado Muamar Kadafi, na Líbia, ao lado dos supostos “heróis de Benghazi” e, bem…, da Otan. Barack Obama, David Cameron e Nicolas Sarkozy não viram mal nenhum em abrir caminho, com bombardeios aéreos, para o avanço das forças terrestres anti-Kadaki. O chato é que elas estavam coalhadas de jihadistas islâmicos.

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    Vejam este mapa do Norte da África. Observem que, entre a Líbia e o Mali, existe a Argélia.

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    Notem, agora, onde fica Ain Amenas, alvo do ataque terrorista.

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    Isso significa o óbvio: os terroristas se espalham hoje pelo Sul da Líbia e da Argélia e transitam livremente pelo Norte do Chade, Niger e, como é sabido, do Mali, onde encontraram as condições adequadas para uma organização de caráter militar. Convém não esquecer: são forças ligadas à Al Qaeda que lideram o confronto com o carniceiro Bashar Al Assad, na Síria.

    Chamei Assad de “carniceiro”? Como eram, diga-se, Hosni Mubaraki e, muito especialmente, Muamar kadafi. O ponto não é saber se eles mereciam ser derrubados. A questão relevante é avaliar se os terroristas são aliados objetivos nessa causa. E eu acho que não são. Esse flerte com o terror e com extremismo, tendo como pretexto a “Primavera Árabe” e o fim de ditaduras mal começou a cobrar o seu preço. Um equívoco não deixa de ser um equívoco, ainda que unanimemente aplaudido.

    Lá vou eu fazer uma ironia que Jeca não entende: eu bem que adverti Obama, Cameron e Sarkozy… O óbvio costuma acontecer.

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