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NÃO, DILMA NÃO TEVE UM BOM DESEMPENHO

A petralhada resolveu invadir o blog com aquela delicadeza habitual: “Rá, rá, rá, ficou com medo, né?” Ou: “Lula e Dilma arrasaram!” Ou ainda: “Chooora”. Ou com aquela obsessão profissional que os caracteriza: “Chuuupa!” Sempre que os vejo celebrar uma ilegalidade, não é a primeira vez que o fazem, penso na SA, a tropa de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h18 - Publicado em 14 Maio 2010, 06h05

A petralhada resolveu invadir o blog com aquela delicadeza habitual: “Rá, rá, rá, ficou com medo, né?” Ou: “Lula e Dilma arrasaram!” Ou ainda: “Chooora”. Ou com aquela obsessão profissional que os caracteriza: “Chuuupa!” Sempre que os vejo celebrar uma ilegalidade, não é a primeira vez que o fazem, penso na SA, a tropa de assalto amadora dos primeiros tempos do nazismo, que seria esmagada depois pelos profissionais… Que mané medo o quê!!! O programa foi desonesto a mais não poder, mas não conseguiu ser bom. Qual será o impacto, isso ninguém pode dizer. O filme está aí para quem não viu. Continuo depois.

httpv://www.youtube.com/watch?v=8BEUu8Xpxgk

Lula apareceu como o mestre de cerimônias e aquele que dava seu testemunho de fé sobre Dilma Rousseff, assegurando que nunca antes nestepaiz houve uma mulher como ela etc e tal. E ele, como sempre, esteve impecável no papel de Lula. É um ator nato, testado já em outros episódios. Na campanha de 2002, conseguiu chorar para as câmeras de Duda Mendonça ao falar sobre a morte da primeira mulher, que estava grávida. É razoável que chore falando sobre uma tragédia pessoal. Aliás, de tal sorte ela deveria ser dolorosa que não poderia jamais se prestar a caçar votos. Mas Lula não se intimidou. Se preciso, este poeta da ilegalidade até finge que é dor a dor que deveras sente… É um astro.  Mas e Dilma? Aí é que está o busílis.

O programa abre com depoimentos de ambos, picotados: ele fala um pouco, corta, entra ela; ela fala um pouco, corta, entra ele, para tentar evidenciar a plena integração entre os dois. Nenhum deles encara o telespectador; são filmados meio de lado. É um recurso manjado dos documentários. A pessoa dá seu testemunho sem ser intimidada pela câmera e fala mais à vontade. A publicidade recorre freqüentemente a esse expediente. No caso, atores fingem dar depoimentos espontâneos sobre um produto, como Lula, um bom ator, fez ontem. Ele conseguiu fazer o texto que lia no teleprompter parecer natural, saído da sua cachola. Ela não. João Santana não foi mais bem-sucedido nesse particular do que Marcelo Branco. A fala é artificial, sai aos soquinhos.

Da 1º ao 4º ano do ensino primário (era assim que se dizia no meu tempo), a escola em que estudei, estadual, aplicava teste de leitura . Todos os dias! Trinta minutos antes de acabar o período, uns 10 tinham de ler, de pé, o texto selecionado pela professora. E ela dava a nota de leitura com tinta vermelha na própria página do livro didático. Um dos pecados era ler à moda Dilma. Se não errasse nenhuma palavra e acertasse a pontuação, ganhava nota “80”. Para merecer um “CEM”, era preciso fluir… No complexo PUCUSP pós-picareta-pseudo-construtivista, isso deve ser considerado uma violência jurássica. Não fiquei traumatizado e não leio aos soquinhos desde, bem… Eu nunca li aos soquinhos! Aprendi muito cedo. Não vou dizer a idade para não parecer cabotino, hehe…

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Dilma soma essa leitura pouco fluente com a entonação de quem estivesse narrando, sei lá, uma história infantil ou um conto de fadas, o que supõe um telespectador infantilizado. Funciona? Certamente não!

A candidata também foi enviada “ao povo”. Espanta a falta de jeito. Além do conhecido temperamento autoritário, nota-se que Dilma também é tímida. Aos 6min16, ela fala com um trabalhador de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. Vejam lá: enquanto conversam, ela está com as mãos… para trás e um olhar que, certamente lhe disseram, deveria afetar algo entre a satisfação e o embevecimento.

Nem a marquetagem consegue fazer certos milagres — não, ao menos, em relação à candidata. A esperança dos petistas está no depoimento de Lula e no coquetel de mentiras que foi ao ar. Vamos ver o que vai apurar o… Instituto Sensus.

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