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Na VEJA: já se sabe aonde foi parar a dinheirama sacada por Roriz

POLÍTICA COMO POLÍCIAÉ a lama, é a lama! Abaixo, num post em que cobro que o empresário Nenê Constantino, afinal de contas, diga alguma coisa sobre o imbróglio Joaquim Roriz, pergunto aonde foi parar o restante do dinheiro, R$ 1,9 milhão. O cheque do empresário era de R$ 2,2 milhões, e o senador teria usado […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h21 - Publicado em 30 jun 2007, 05h33
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  • POLÍTICA COMO POLÍCIA
    É a lama, é a lama! Abaixo, num post em que cobro que o empresário Nenê Constantino, afinal de contas, diga alguma coisa sobre o imbróglio Joaquim Roriz, pergunto aonde foi parar o restante do dinheiro, R$ 1,9 milhão. O cheque do empresário era de R$ 2,2 milhões, e o senador teria usado apenas R$ 300 mil numa bezerra. Pois é: Diego Escosteguy revela tudo na VEJA que chega hoje às bancas e aos assinantes. Pelo menos R$ 1,2 milhão, acreditem, foi destinado ao pagamento de suborno a juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal que livraram Roriz de uma cassação de mandato. É isso aí: vocês leram direito. E isso é só um dado de uma história ainda mais escabrosa. Leiam a revista.
    Caso Renan – Otávio Cabral e Alexandre Oltramari contam os bastidores da crise no Senado provocada pelas lambanças de Renan Calheiros e sua tropa de choque e abordam a atuação de um grupo restrito de políticos que faz lembrar um Congresso respeitável.

    DIOGO MAINARDI: “Opa!” “Epa!” “Ni!”
    Na mosca a coluna de Diogo Mainardi desta semana. Ele lembra uma sacada de Ivan Lessa: “O mundo se divide em dois tipos de pessoas: as que gritam Oba! e as que exclamam Epa!”. E caracteriza os dois grupos: “De acordo com Ivan Lessa, os Oba! são otimistas, alegres, aproveitadores, oportunistas, barulhentos e donos de um caráter flexível. Os Epa!, por outro lado, são censuradores, precavidos, desconfiados, facilmente escandalizáveis, dotados de um caráter rígido e de pouquíssimo senso de humor.” Huuummm. Diogo, claro!, é da turma do “Epa”. Eu também. E duvido que você não seja, leitor. Ele imagina, em seguida, as várias e instrutivas circunstâncias em que devemos responder com um “Epa!” sempre que formos abordados por alguém do “Oba!” E até cita este escrevinhador: já sugeri que, no limite, a gente faça como os cavaleiros de Monty Python: se preciso, a berra “Ni”. Clique aqui para ler a coluna (link aberto)

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    A VOLTA DE SILVINHO LAND ROVER
    Vocês andavam com saudade de Silvio Land Rover Pereira, aquele militante petista, ex-secretário-geral do partido, que caiu logo nos primeiros dias do mensalão? Pois é. Ele está de volta ao noticiário. Reportagem de Camila Pereira e Naiara Magalhães, na VEJA desta semana, mostra que ele, a mulher e um irmão são sócios de uma empresa de eventos chamada DNP. Até aí, tudo certo. VEJA teve acesso a documentos que provam que a Petrobras — ela mesma! — patrocinou a Cinemostra de Verão, no Espírito Santo. Oficialmente, as empresas que a idealizaram e executaram foram a TGS Consultoria e a Central de Eventos e Produções, ambas de propriedade de um mesmo dono, Julio Cesar dos Santos. E quem Santos subcontratou para organizar o evento? Sim, vocês acertaram: a empresa de Silvinho Land Rover. Ela recebeu, só por esse servicinho, R$ 55 mil. O tal Santos, vejam só, foi diretor da empresa municipal de São Paulo Anhembi Turismo, hoje SPTuris, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. Não se esqueçam: Silvinho ganhou a Land Rover justamente de uma empreiteira que trabalhava para a Petrobras. A coisa pára por aí? Não pára, não. Vejam lá.

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    O RIO E O ESTADO DE DIREITO
    “A batalha, a mais bem-sucedida até agora, teve um mérito adicional: o de mostrar, enfim, como se deve tratar a questão da criminalidade, que se espalha por todas as grandes cidades do país. Enfrentar os bandidos, dominar o território e restabelecer o poder do estado é o caminho. Os últimos governos fluminenses patinavam na inação ou em ações paliativas. O resultado foi o fortalecimento da bandidagem, uma perigosa desmoralização do estado formal. Agora a coisa mudou.”
    É trecho de uma reportagem de Ronaldo França e Marcelo Bortoloti sobre a operação no chamado Complexo do Alemão, no Rio. Texto demonstra que o governador Sérgio Cabral não pretende que a repressão ao crime seja o único instrumento para levar o estado até as favelas.

    O POPULISMO E O REMÉDIO

    Vocês se lembram que este blog acusou a demagogia do governo no episódio da quebra de patente do anti-retroviral Efavirenz, certo? Até porque a Merck ofereceu um acordo que seria extremamente vantajoso para o Brasil: 30% de desconto e transferência para o país da tecnologia de fabricação do remédio dois anos antes do previsto. Pois bem, agora, este governo independente e valentão, que não quis acordo, teve de comprar a forma líquida do remédio. De quem? Da Merck! É o que informa reportagem de Adriana Dias Lopes. Não dá para importar da Índia… Na quebra da patente, o Planalto cacarejou como uma galinha poedeira. Teve até discurso de Lula. Agora, tudo foi feito na surdina.

    FÉ E DÍZIMO: UM DIA VOCÊ TERÁ UMA ASSIM
    O repórter José Edward visitou uma mansão em Campos do Jordão, recanto de inverno dos endinheirados de São Paulo: “ (…) 35 cômodos (…) distribuídos em quatro andares. Ao todo, são dezoito suítes, todas equipadas com banheiras de hidromassagem. A maior delas (…) tem 100 metros quadrados, sauna e uma banheira suficiente para seis pessoas.” De quem é? Do auto-intitulado bispo Edir Macedo, chefe máximo da Igreja Universal do Reino de Deus, dono de fato da Rede Record e de mais uma penca de coisas, dadas certamente por Deus, com quem ele demonstra impressionante intimidade. Só a banheira, como se vê, já seria suficiente para um pequeno culto de louvor ao Altíssimo, que inspirou em Macedo a chamada Teologia da Prosperidade. Ele ainda é o melhor seguidor da corrente a que deu início no Brasil. Sim, leitor, o que vai acima ainda fala muito modestamente desta nova casa dedicada ao Senhor. Há muito mais.

    AUTO-ESTIMA TAMBÉM É POLÍTICAA VEJA traz, como se vê ao lado, uma reportagem de capa sobre a auto-estima. A abordagem é variada, abordando os aspectos culturais, de psicologia social e chegando a um teste para você saber a quantas você anda consigo mesmo. Um trecho, em particular, chamou a minha atenção. Leiam: “ [a psicóloga] Ana Maria Rossi constatou que, para a maioria dos brasileiros, considerar-se bem-sucedido é uma atitude arrogante. Diz ela: ‘Existe no Brasil uma cultura de condenar quem se vangloria das próprias realizações e de enaltecer a humildade. Isso acaba por minar a auto-estima das pessoas, que começam a acreditar que não são merecedoras de seus feitos mais ambiciosos’.”É Isso é aí. No Brasil, se o sujeito for considerado “humilde”, pode cometer as maiores atrocidades. O país não elegeu e reelegeu Lula por acaso. Quando Vavá foi flagrado pela PF em conversas suspeitas, a primeira coisa que seu advogado alegou em sua defesa foi a sua humildade. O PT passou oito anos batendo na tecla da suposta arrogância intelectual de FHC. Já Lula, o “humilde”, não perde a chance de dizer que sabe mais do que o outro mesmo sem ter estudado. Essas pesquisas acabam revelando muito do caráter do país e das escolhas que ele faz.

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