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Na farsa disfarçada de CPI, Gabrielli agora poupa Dilma, contrariando o próprio… Gabrielli. Ele também afirma o oposto do que diz Graça Foster. Quem se importa?

José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras quando foi comprada a refinaria de Pasadena, prestou depoimento à CPI da Petrobras do Senado. A bancada de levantadores de bola é composta por 10 governistas. O único membro da oposição que compõe o grupo, Cyro Miranda (PSDB-GO), não compareceu. Duas outras vagas reservadas ao próprio PSDB e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h49 - Publicado em 20 Maio 2014, 16h11
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  • José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras quando foi comprada a refinaria de Pasadena, prestou depoimento à CPI da Petrobras do Senado. A bancada de levantadores de bola é composta por 10 governistas. O único membro da oposição que compõe o grupo, Cyro Miranda (PSDB-GO), não compareceu. Duas outras vagas reservadas ao próprio PSDB e ao DEM não foram preenchidas. Esses partidos insistem na CPI Mista, menos controlada pelo governo.

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    Gabrielli foi lá e falou o que bem quis, sem ser contraditado. Em entrevista ao Estado, ele havia afirmado que Dilma não poderia se furtar a assumir a sua responsabilidade pela compra de Pasadena. Agora, mudou de ideia. Disse que a presidente não tem mesmo nada com isso. Segundo disse, “não compete ao conselho [esse tipo de análise] nem há possibilidade de entrar nos detalhes operacionais dos contratos”. Ah, bom.

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    O ex-presidente da estatal e atual secretário do governo Jaques Wagner não é e nunca foi um técnico. Trata-se de um militante político petista, de um prosélito agressivo e de um notório criador de caso. Aproveitou a CPI, acreditem, para atacar o governo FHC. Para ele, a questão relevante à época era esta: “Era ‘vale a pena expandir o refino no exterior’? Ou vamos continuar apenas na Bolívia e na Argentina, como encontramos do governo anterior? Era isso que a gente ia continuar, sendo os EUA o maior mercado em crescimento? Essa era a discussão na época. É evidente que hoje a discussão é outra”.

    Perfeito! As circunstâncias, convenham, sempre explicam qualquer coisa. À diferença do que afirmou no próprio Congresso a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, segundo quem a compra de Pasadena foi, obviamente, um mau negócio, Gabrielli continua a sustentar que foi uma maravilha. Alguém vai se lembrar de opor uma declaração a outra? Não! isso seria para uma CPI que se levasse a sério.

    A propósito, leitor: sempre que você fizer uma caca gigantesca por erro de cálculo, má-fé, pouco importa, não hesite: diga que as circunstâncias, no momento em que você fez a besteira, indicavam ser aquele o caminho certo. Se elas mudaram, que culpa tem você? Vejam bem… Tanto Napoleão como Hitler avaliaram as circunstâncias e acharam que o certo era avançar rumo à Rússia. Mas aí veio o inverno, as circunstâncias mudaram, e o resto da história vocês conhecem. Malditas circunstâncias!

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