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Inflação estoura o teto da meta do ano em apenas sete meses

Na VEJA.com: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação oficial, ficou em 0,62% em julho, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Em junho, a taxa estava na casa dos 0,79%. Apesar da desaceleração, o índice é o maior para os meses de julho […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h45 - Publicado em 7 ago 2015, 16h19

Na VEJA.com:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação oficial, ficou em 0,62% em julho, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Em junho, a taxa estava na casa dos 0,79%. Apesar da desaceleração, o índice é o maior para os meses de julho desde 2004, quando chegou a 0,91% – portanto, o pior em onze anos.

Com esse resultado, a inflação chega a 6,83% no acumulado do ano até julho – o maior nível desde 2003, quando chegou a 6,85%, e muito acima do registrado em igual período do ano passado (3,76%). O IPCA de julho também marca o estouro do teto da meta fixado pelo governo em 6,5% para o ano todo (4,5% é o centro da meta). Isso significa que a inflação ultrapassou o limite considerável aceitável pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff em apenas sete meses.

Esta é a primeira vez que isso acontece desde 2003. Nos últimos anos, o país superou o centro da meta, mas sempre permaneceu dentro do limite de tolerância – em 2013, o IPCA encerrou o ano com 5,91%, e em 2014, com 6,41%. No último relatório da inflação, o Banco Central informou que havia 99% de chances de a inflação ultrapassar a meta em 2015. No texto, a instituição ainda previu que o IPCA chegará a 9% até o fim do ano.

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No acumulado dos últimos doze meses, o índice atingiu o patamar de 9,56%, sendo o nível mais elevado para essa base de comparação desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%. Em julho do ano passado, o IPCA estava em 0,01%.

Segundo o IBGE, o grande vilão da alta da inflação continua sendo o aumento na conta de luz, que tem pressionado os preços dos produtos no mercado brasileiro.

“Mais uma vez foram as contas de energia elétrica, 4,17% mais caras, que lideraram o ranking das principais contribuições individuais, detendo 0,16 ponto porcentual”, diz a pesquisa. O instituto informou que as regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo foram as que tiveram o maior reajuste nas contas de luz, com aumento de 11,4% e 11,1%, respectivamente.

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Outro grupo que puxou o IPCA para cima foi o de alimentação e bebidas, com alta de 0,65%, levemente acima da variação positiva de 0,63% vista no mês anterior.

O país vive momento de alta inflação e recessão, em meio à mais grave crise política desde o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, no início dos anos 1990. Uma das consequências é o recente salto do dólar que, somente em julho, avançou 10% sobre o real. E, nos últimos seis pregões, acumulou alta de 6,25%.

“Agora já dá para perceber o efeito do dólar mais caro sobre os preços. Até junho era algo menos perceptível. O dólar é uma pressão de custo e aparece nos alimentos e o próprio aumento da energia tem o efeito do aumento do dólar, afirmou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos.

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O resultado de julho também coloca mais pressão sobre o BC que busca encerrar o ciclo de aperto monetário. No mês passado, a instituição elevou a taxa básica de juros (a Selic) para 14,25% ao ano, maior patamar em nove anos.

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