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Fim de sigilo da Delta põe PT e PMDB em crise

Por Eugênia Lopes Brasília – O PT e o PMDB estão em pé de guerra depois de o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), ter defendido a quebra do sigilo bancário da Delta Construções em nível nacional e de seu principal acionista, Fernando Cavendish. Diante da crise, Cunha […]

Por Da Redação
24 Maio 2012, 07h30
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  • Por Eugênia Lopes

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    Brasília – O PT e o PMDB estão em pé de guerra depois de o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), ter defendido a quebra do sigilo bancário da Delta Construções em nível nacional e de seu principal acionista, Fernando Cavendish.

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    Diante da crise, Cunha optou nesta quarta pela cautela. Mas o deputado confidenciou a correligionários que fez uma reavaliação da blindagem da empreiteira e que, diante das evidências, não tem como evitar que as investigações recaiam sobre a Delta nacional e seu proprietário.

    A decisão irritou o PMDB, em especial a ala ligada ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele é amigo de Cavendish, com quem viajou para o exterior. Os peemedebistas alegam que a quebra de sigilo da Delta é uma reivindicação da oposição para tirar o foco do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, que estaria envolvido com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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    Com a provável aprovação da quebra dos sigilos da Delta, os peemedebistas estão certos de que a oposição terá munição para pedir a convocação de Cabral.

    Em represália, o PMDB passou ontem a trabalhar com a ideia de não se aliar ao PT para convocar Perillo. Dizem que é mais fácil, agora, não aprovar a convocação de nenhum dos governadores alvo de denúncias.

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    ‘Não é nosso’

    Por ora, a cúpula do PMDB tenta manter postura de distanciamento. A alegação é que Cabral nunca foi “nosso” � ou seja, do PMDB � e não haveria motivos para o partido se empenhar na sua defesa. O líder da sigla na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), avisou que não pretende trocar seus titulares na CPI � Luiz Pittman (DF) e Íris Araújo (GO). Eles prometem votar a favor da quebra do sigilo.

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    Segundo integrantes da CPI, Cunha cogitou tornar a sessão desta quinta em administrativa, para aprovar a quebra dos sigilos da Delta nacional e de Cavendish. O relator teria sido demovido da ideia pelo próprio PT. “Não se pode fazer uma reunião administrativa nas coxas”, disse o ex-líder Cândido Vaccarezza (PT-SP), ao garantir que apoia a decisão de pedir a quebra dos sigilos.

    Para os aliados, Cunha mudou sua postura e resolveu contrariar a blindagem à Delta porque está preocupado com sua imagem. O petista sonha em ser candidato ao governo de Minas, em 2014, e não quer “queimar” sua biografia. Ele estaria passando por processo semelhante ao que ocorreu na CPI dos Correios, quando o presidente Delcídio Amaral (PT-MS) e o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) também mudaram de comportamento ao longo das investigações e denunciaram a existência do “mensalão” no governo Lula.

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    Cunha decidiu ampliar a apuração após documentos da Operação Saint-Michel � deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal após a Monte Carlo � apontaram que os ex-diretores da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e no Sudeste, Heraldo Puccini, tinham procuração para movimentar dinheiro em contas nacionais da empreiteira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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