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EXPLORAR A TRAGÉDIA É A CARA DELES! E AINDA APROVEITAM PARA MENTIR

Explorar a tragédia no Nordeste em favor do proselitismo e da campanha eleitoral é a cara do governo Lula (ler post anterior). O próprio presidente foi a Alagoas e Pernambuco salgar com suas lágrimas o dilúvio. O que impressiona é a facilidade com que as mentiras prosperam. A reportagem da Agência Brasil, reproduzida em todo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h58 - Publicado em 25 jun 2010, 17h19
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  • Explorar a tragédia no Nordeste em favor do proselitismo e da campanha eleitoral é a cara do governo Lula (ler post anterior). O próprio presidente foi a Alagoas e Pernambuco salgar com suas lágrimas o dilúvio. O que impressiona é a facilidade com que as mentiras prosperam.

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    A reportagem da Agência Brasil, reproduzida em todo canto, traz este parágrafo (que não reproduzi no post abaixo):
    “Até 27 de maio, o PAC aplicou R$ 463,9 bilhões dos investimentos previstos para a execução de obras. Isso corresponde a 70,7% dos R$ 656 bilhões previstos até dez 2010. ‘Os balanços quadrimestrais dão transparência [às ações] e garantem que as informações cheguem a toda sociedade’, disse [Mirian Belchior.”

    Os fatos
    Esse número do PAC é uma farsa, uma fantasia ridícula. Já demonstrei isso aqui. Relembro:

    1 – As obras “concluídas” do PAC somam R$ 302,5 bilhões de um total previsto de R$ 656,5 bilhões – ou 46,1%;
    2 – Diz o governo que a execução financeira totaliza R$ 463,9 bilhões – ou 70,7% do total. Que bom, né? Pois é. Nesse total, estão incluídos:
    – R$ 154,5 bilhões de investimento das estatais – 33,23% (a quase totalidade deve ser da Petrobras);
    – R$ 98,1 bilhões de  investimento do setor privado;
    – R$ 157,9 bilhões de financiamento habitacional a pessoas físicas;
    – R$ 41,8 bilhões de investimentos do Orçamento Geral da União;
    – R$ 5,2 bilhões de financiamento ao setor público;
    – R$ 6,4 bilhões de contrapartidas de estados e municípios

    Dilma pode não ter dançado o “rebolation-tion-tion”, mas é mestra no “enrolation-tion-tion”. Pergunta-se: as estatais, e quase tudo é da Petrobras, não investiriam não fosse o “PAC”? E o setor privado? Os R4 157,9 bilhões do tal “financiamento habitacional a pessoas físicas”, num plano de “aceleração” do crescimento, querem dizer exatamente o quê?

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    EIS A PROVA: NÃO EXISTE!
    Os números provam o óbvio: o PAC não existe. O que isso quer dizer? Que não existem obras? Ora, claro que sim! Não estariam sendo tocadas, por acaso, sem esse nome-fantasia?

    O PAC deveria ter sido um esforço concentrado para realizar mais do que se realizaria sem ele, certo? Como se entregou menos da metade, supõe-se que o esforço concentrado ou não deu em nada ou funcionou como ação negativa. E esse menos da metade, como se nota, foi garantido pelas estatais e pelo setor privado.

    Estamos diante de especialistas na arte de iludir. Sendo verdadeiros os números, em que resultou, até agora, a fantástica obra do PAC? Dos anunciados R$ 656,5 bilhões do “programa”, só 6,36% foram efetivamente tocados com recursos do Orçamento Geral da União – ou 9% do que o próprio governo considera efetivamente investido.

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