Embrapa: vence o bom senso; serviço continua e sai fortalecido
Muitos de vocês acompanharam o caso da extinção da área de Gestão Territorial Estratégica (GTE) da Embrapa Monitoramento por Satélite. Tinha sido decidida pelo senhor Mateus Batistella, diretor de pesquisas da empresa, presidida por Pedro Arraes, primo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Houve protestos de todo lado. Escrevi ontem um post em que […]
Muitos de vocês acompanharam o caso da extinção da área de Gestão Territorial Estratégica (GTE) da Embrapa Monitoramento por Satélite. Tinha sido decidida pelo senhor Mateus Batistella, diretor de pesquisas da empresa, presidida por Pedro Arraes, primo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Houve protestos de todo lado. Escrevi ontem um post em que denunciava o obscurantismo da medida e propunha que a GTE se transformasse num Serviço de Gestão Territorial Estratégica, sediado em Campinas, que não estivesse subordinado ao tal Battistela.
Pois bem. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reuniu-se ontem com Arraes. Fica o decidido pelo não-decidido, e ainda com sobrar a favor da boa causa. O GTE, conforme este bloguinho sugeriu, será mesmo um serviço independente, não-subordinado à diretoria de pesquisa, que queria extingui-lo. Cláudio Spadotto, que comandava o GTE e que tinha sido afastado, é quem vai implementar o novo serviço. A proposta original de Arraes era outra: um certo núcleo de gestão territorial, que ficaria sob o mando da chefia de pesquisa, sem nenhuma autonomia. Felizmente, Rossi fez a coisa certa.
Melhor assim! Mas não seria eu se não fizesse a seguinte observação: é claro que a Embrapa está com problemas de comando. Um serviço não é extinto num dia para ressurgir fortalecido no outro; o homem que vai agora comandá-lo tinha sido afastado havia pouco. Que diabo de direção é essa, sujeita a tais rompantes de obscurantismo?