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Desastre histórico 3 – O improviso como método

Na entrevista coletiva que concedeu, Felipão não admitiu em nenhum momento que errou na escalação do time — tanto é assim que, com as alterações, o vexame no segundo tempo ao menos, foi menor. Ele tem um modo muito particular de ver as coisas, que eu definiria, deixem-me ver, como autocrático-estúpido-fatalista. É autocrático porque, oh, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h32 - Publicado em 8 jul 2014, 21h49

Na entrevista coletiva que concedeu, Felipão não admitiu em nenhum momento que errou na escalação do time — tanto é assim que, com as alterações, o vexame no segundo tempo ao menos, foi menor. Ele tem um modo muito particular de ver as coisas, que eu definiria, deixem-me ver, como autocrático-estúpido-fatalista.

É autocrático porque, oh, oh, bate no peito e chama para si a responsabilidade. Vá lá… só faltava jogar tudo nas costas dos jogadores, embora estes não possam e não devam se eximir. É estúpido porque, ao longo de seis partidas, nós só o vimos mudar de ideia quando, santo Deus!, o Brasil perdia por… CINCO A ZERO. E é fatalista porque ele está convicto de que nada havia a fazer.

Atenção! Há uma diferença muito grande entre chamar para si a responsabilidade e admitir o erro. Ainda que pareça piada, e parece, Felipão tentou ser mais “ofensivo” hoje do que nos cinco jogos passados — e decidiu sê-lo justamente contra a Alemanha, a mais arrumada das equipes com as quais o Brasil jogou nesta Copa. O placar está aí. Mas volto a esse particular daqui a pouco.

Quero me fixar num aspecto de sua entrevista. Indagado se Neymar teria feito a diferença em campo, ele até deu uma resposta correta: muito provavelmente, não teria conseguido impedir a vitória da Alemanha porque, atenção para o que vai entre aspas, “ele (Neymar) não teria como defender aquelas jogadas trabalhadas”.

Ah, bom! Então a Alemanha tinha o que nunca tivemos: jogadas trabalhadas. E pôde exercitá-las com desassombro, não é mesmo?, porque o time brasileiro permitiu. Quando a Seleção Brasileira venceu a de Camarões, no dia 23, escrevi o seguinte:

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repertório felipão

E isso, obviamente, não mudou. A rigor, nunca existiu um time, o que o talento de Neymar sempre serviu para esconder. O garoto teria feito a diferença? Talvez o placar fosse menos vexaminoso, mas não custa lembrar que, até se machucar, ele fazia uma péssima partida contra a Colômbia.

Desculpem-me pela severidade, mas esse negócio de general que fica assumindo a derrota não me comove. Sim, é melhor do que jogar a culpa dos ombros alheios, mas isso não elimina seus erros.

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