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Delator acusa Aécio de receber R$ 30 mi no exterior; tucano nega

Segundo Benedicto Valadares, dinheiro teria sido pulverizado em várias contas no exterior; senador diz que investigação provará que essas contas não existem

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 13 abr 2017, 07h33 - Publicado em 13 abr 2017, 06h51
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  • Benedicto Valadares, um dos ex-diretores do grupo Odebrecht, afirma em depoimento gravado pelo Ministério Público Federal, no âmbito da delação premiada, que o agora senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, teria recebido da empreiteira R$ 30 milhões no exterior. Depósitos mensais teriam sido feitos em várias contas, sempre indicadas por Dimas Toledo, que seria o intermediário do então governador de Minas. O acerto teria sido feito em 2008. Uma desses destinatários seria o empresário Alexandre Acciolly, dono da rede de academias Bodytech.

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    O vídeo segue abaixo.

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    Segundo o delator, ele e Marcelo Odebrecht estiveram com Aécio no Palácio das Mangabeiras. E afirma: “Ele [Aécio] e Marcelo começaram a discutir uma série de temas importantes, políticos, do país, da economia do país… Conversa dessa natureza, que você tem com qualquer político: conversa republicana, tratando do interesse do país, do crescimento do país etc. E foi isso só, a conversa inteira… Em nenhum momento, se falou de propina, de pagamento, de nada”.

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    Mais adiante, Valadares diz que, ao fim da conversa, Aécio lhe disse que seria procurado por Dimas. E acrescenta o delator: “Após o encontro, Marcelo me disse no carro que tinha acertado com o governador um valor de R$ 50 milhões (…), R$ 30 milhões por parte da Odebrecht e R$ 20 milhões por parte da Andrade [Gutierrez]. E o que se pediu a ele, em contrapartida, foi exatamente isto: que ele, na condição de governador de um estado importante, na condição de um dos principais expoentes do PMDB [NOTA: ele queria dizer PSDB], na condição — depois a Cemig entrou também como sócia — de defender o interesse da empresa estatal [desse apoio ao projeto]. Valadares não fala em propina.

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    Em seu depoimento, abaixo, Marcelo Odebrecht também trata do assunto. Fala das contribuições que teriam sido feitas ao PSDB, mas, do mesmo modo, não cita contrapartidas.

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    “Não aconteceu”
    Em nota, a assessoria do senador Aécio Neves afirma:

    “Aécio não recebeu trinta milhões em conta no exterior. Também não procede a afirmativa de que pagamentos de propina no exterior teriam sido acertados em reunião entre Aécio e Marcelo Odebrecht e Valadares.

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    Mesmo os delatores tendo sido unânimes em enfatizar que tais recursos não envolviam nenhum ato ilícito, nem propina nem contrapartida, é importante ressaltar que tais doações nunca ocorreram. Basta dizer que as obras do sistema elétrico mencionadas foram licitadas e conduzidas pelo governo federal do PT, sem nenhuma interferência possível do governo de Minas Gerais.

    Não existem as tais contas no exterior mencionadas, o que ficará claro no decorrer das investigações.”

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