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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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De volta ao Roda Viva – Há uma diferença entre entrevistar e militar em favor da descriminação ou legalização das drogas. Ou: Destrinchando mais um pouco a patuscada na TV Cultura

Alguns engraçadinhos querem me chamar pra dançar. Então tá. Vamos a mais um texto sobre o Roda Viva. Ficou longo. Vocês sabem: não tenho preguiça. Escrevi ontem um post sobre a armadilha que o programa Roda Viva, da TV Cultura, preparou, na segunda-feira, para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, que coordena o programa “Recomeço”, do governo de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h11 - Publicado em 23 Maio 2013, 08h15

Alguns engraçadinhos querem me chamar pra dançar. Então tá. Vamos a mais um texto sobre o Roda Viva. Ficou longo. Vocês sabem: não tenho preguiça.

Escrevi ontem um post sobre a armadilha que o programa Roda Viva, da TV Cultura, preparou, na segunda-feira, para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, que coordena o programa “Recomeço”, do governo de São Paulo, de combate ao crack. Dos cinco entrevistadores escalados, quatro (Ilona Szabo de Carvalho, Denis Burgierman, Laura Capriglione e Bruno Paes Manso) estavam lá menos para entrevistá-lo do que para tentar desqualificá-lo, o que resultou inútil. Os dois primeiros são membros de uma tal “Rede Pense Livre”, que é um lobby em favor da descriminação das drogas. A fala de Ilona, na verdade, deixa entrever a suspeita de que a turma é favorável à legalização mesmo, o que não existe em nenhum país do mundo.

O rapaz escalado pelo comando do programa para colher mensagens no Twitter se encarregava de difamar o convidado em tempo real. Desde a redemocratização do país, deve ter sido o momento mais vexaminoso por que passou a emissora. O post teve uma repercussão danada. Não esperava tanto. O texto recebeu uma enxurrada de comentários. Tive de cortar muita coisa porque a indignação dos leitores com aquela patuscada os fez perder, muitas vezes, a prudência. E é claro que também muita gente veio para me xingar. Afinal, o lobby em favor da “causa” deve ser o mais organizado do país. O Roda Viva é a prova disso: das seis pessoas da bancada (incluindo o tuiteiro), cinco estavam lá para defender suas teses em favor da descriminação das drogas, não para saber o que pensava o entrevistado, para esclarecer pontos eventualmente obscuros do seu pensamento, para confrontá-lo com eventuais evidências contrárias à sua tese — e esse é o papel de um entrevistador. Vamos falar um pouco dos furiosos.

Reproduzo algumas das questões que chegaram e, ao fazê-lo, trato um pouco de imprensa, ideologia, patrulha ideológica, isenção jornalística, essas coisas… Também vou reproduzir algumas intervenções do membros do pelotão de linchamento para discutir o seu mérito. Nota para encerrar este parágrafo: eu não me intimido com patrulha. Se me intimidasse, não escreveria as coisas que escrevo. E também não sou preguiçoso nem fico convocando meus amiguinhos na imprensa para me defender. Meus amigos são meus amigos apenas. Sei cuidar de mim. Adiante.

“Você está bravo, Reinaldo, porque não é mais convidado para o Roda Viva? Está se oferecendo para o programa como exemplo de isenção?”
Começo pelo fim. Podem ficar tranquilos. Não há a menor chance de me convidarem para o Roda Viva que aí está. E, se convidassem, eu não aceitaria. Já participei daquela bancada umas duas dezenas de vezes. Nunca fui lá para dar pinta de que sou um perguntador sem um ponto de vista. Tenho, sim. Mas, em todas as vezes, fiz perguntas, em vez de tentar competir com o entrevistado. Paulo Markun, ex-mediador do programa, que não deve concordar com 10% das minhas opiniões (e olhem que chuto um teto alto), sabe disso. Faço jornalismo de opinião. Quem me convida sabe o que penso. E o que penso, é evidente, pauta as minhas intervenções. Mas jamais parti ou parto do pressuposto de que o meu interlocutor é um idiota. Eu jamais cometo esse erro. Jamais tenho essa arrogância. Os petistas sabem que, até agora, eu só não os chamei de duas coisas: de santos e de burros. O que vi na segunda-feira foram manifestações explícitas de desrespeito, de desinformação e de prepotência sem lastro. Ah, sim: uma das tarefas do entrevistador é não tentar tomar o lugar do entrevistado…

“Você quer ser o apresentador do Roda Viva? Quer a demissão de Fulano e de Beltrano?”
Eu??? Não!!! Não quero ser apresentador do Roda Viva. Até porque, na condição de mero telespectador, defendo para aquela cadeira um jornalista que tenha experiência em televisão — já que se trata de uma… televisão. Também não quero a demissão de ninguém. A ilação é de um cretinismo ímpar. Até porque, se tivesse esse poder, não tenham dúvida de que já o teria usado, hehe…

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“Quem você pensa que é?”
Huuummm… Não sou “aquele que é”, é certo. Sou apenas quem sou. Por que tanto nhenhenhém com a minha crítica? Então a produção e a direção do Roda Viva — e da TV Cultura — armam um espetáculo ridículo daquele numa TV PÚBLICA, sustentada com dinheiro dos impostos que pagamos, e eu, que tenho um blog privado e sou um dos pagadores daquela conta, não posso reclamar? Por que não? “Ah, é que jornalista não deveria criticar jornalista…” Eu critico quando acho que devo. Vê lá se tem graça agora poder discordar de governantes e governantas, mas não poder jamais contestar um coleguinha…

“Você é agora dedo-duro do Twitter?”
Dedo-duro é ponta do pavio! O rapaz que tuitava, a convite da direção do Roda Viva, estava, por acaso, em alguma ação clandestina? Ele estava na rede social para não ser visto? Para não ser lido? Era alguma ação secreta, de guerrilha ideológica? Entendi que lhe prestei até um favor. Agora, ele ficou realmente famoso. Na próxima Marcha da Maconha, pode até sair fantasiado de tuiteiro da TV Cultura…

“Quem é você para decidir a bancada do programa?”
Decidir? Eu não decido nada! Se decidisse, a composição não seria aquela, ora essa! Que coisa mais estúpida! O espírito do programa “Roda Viva”, sempre entendi, é montar uma bancada plural. Aliás, aquele que é o programa de entrevistas mais antigo da TV sempre teve um nome problemático, não? A música de fundo sugere que se trata de um empréstimo da música de Chico Buarque. Ocorre que a “roda viva” da canção — e da peça de teatro — é algo negativo, que impede o pensamento e a clareza, que arrasta em sua voragem todas as sutilezas. E um programa jornalístico deve fazer justamente o contrário. E o Roda Viva já teve, sim, jornadas excelentes.

Aí perguntará o tonto: “Se um ex-torturador aceitar o convite para uma entrevista, deve haver entrevistadores favoráveis à tortura?”. Não! Assim como não deveria haver entrevistadores favoráveis ao terrorismo no caso de o convidado ser um ex-terrorista, como já aconteceu. Ocorre que aprendemos, e isto é bom, que a tortura é abominável. Já o terrorismo… Até outro dia, havia um comentarista político na TV Cultura, não sei se ainda está lá, que já flertou com o terrorismo em uma resenha.

Atenção! Ainda que um ex-torturador fosse o entrevistado, o papel do jornalista não é ir lá fazer cara de nojo — como fizeram para Cabo Anselmo, o dedo-duro, no próprio Roda Viva. O papel de um jornalista é ir lá e arrancar do entrevistado o máximo de informações que ajudem a elucidar o período dos confrontos armados no Brasil e que situem a personagem que está sentada no centro do Roda Viva naquele tempo. Ir ao programa para mostrar indignação faz supor que o contrário, a admiração, poderia ser possível…

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Ocorre que Ronaldo Laranjeira é um psiquiatra que se especializou em dependência química. Não é nem um terrorista nem um torturador. Ele tem um ponto de vista conhecido sobre a descriminação das drogas, a forma de tratamento e a política pública que deve ser aplicada. Não tem de ser tratado como o dono da verdade. MAS É UM ESCÂNDALO JORNALÍSTICO QUE SEJA TRATADO COMO “O ERRADO”. O que o programa fez é indefensável sob qualquer ponto de vista que se queira. No afã de defender a descriminação das drogas, a tropa de choque armada pela direção do Roda Viva resolveu criminalizar Ronaldo Laranjeira.

Trechos exemplares
No post de ontem, reproduzi um grande momento de Laura Capriglione, que resolveu fazer digressões sobre o consumo recreativo das drogas. Eu a desafiei a nos apresentar um consumidor recreativo de crack. Ela não deve ter encontrado nenhum até agora. Mas houve outras iluminações. O vídeo vai abaixo de novo. A partir dos 48 minutos, assistimos a um show impressionante de prepotência e grosseria.

Reproduzo por escrito, em vermelho. Comento em azul.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Ry5fOdt8DbQ%5D

ILONA SZABÓ DE CARVALHO, COFUNDADORA DA REDE PENSE LIVRE: Aí você me preocupa um pouco porque tem alguns conceitos bem confusos, né? Eu queria oferecer até, eu sou membro da Rede Pense Livre, uma rede que foi criada para aprimorar esse debate, e eu vou fazer, na verdade, um resumo dessa discussão, colocando vários dados que eu acho que são importantes para a discussão, à disposição no nosso blog, então eu acho que, com fontes, explicando, acho que essa conversa não vai dar para aprofundar, mas eu acho que é importante, porque a gente está confundindo muitas coisas aqui. Eu acho que, partindo do ponto de que, hoje, se a gente for encarar a realidade; se, de fato, a gente não quiser tapar o sol com a peneira, as drogas são muito disponíveis para os adolescentes; hoje, eles estão totalmente desprotegidos, compra-se em qualquer lugar, né? Nós não temos uma educação honesta, infelizmente, não temos educação honesta sobre drogas. A gente mente, a gente afasta. O modelo de criminalização não deixa que o usuário procure o sistema de saúde pública, então, se o senhor…

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RONALDO LARANJEIRA – De onde você tira isso?

ILONA SZABÓ – Dr. Laranjeira, você tem mais de 20 países no mundo, uma coisa é importante dizer, são cinco países na América Latina, porque a gente não fala sobre isso, que não tem o consumo criminalizado, por exemplo, Uruguai, Paraguai, Colômbia, México, Argentina a Corte Suprema já legislou também sobre isso…

RONALDO LARANJEIRA – Qual é a evolução desses países?

ILONA SZABÓ DE CARVALHO – Qual é a evolução? Que a gente começa a cortar o círculo da violência, quer dizer, hoje, se você mantém o consumo na esfera criminal, as pessoas têm medo de pedir ajuda, o sistema de saúde não tem a informação, os usuários têm medo porque é crime.

MARA MENEZES – As famílias não têm medo. Nós queremos ajuda para que nossos filhos possam se tratar.

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ILONA SZABÓ DE CARVALHO – Os usuários têm medo.

Comento
É preciso assistir ao vídeo para perceber o tom em que fala a tal Ilona. Durante todo o programa, ela não fez uma única pergunta. Ela não estava lá só para rivalizar com o entrevistado. Também queria desqualificá-lo, acusando-o de expressar “conceitos confusos”. Sua fala, como, revelam os fumos dos anacolutos, é que é um exemplo de clareza, não é mesmo? Mais: ela oferece toda a sabedoria acumulada da rede Pense Livre (!?!?!?) e diz que, no blog, fará um resumo do assunto, com as fontes e coisa e tal. Poderia ter citado alguma durante o programa, o que não fez. Passou, por exemplo, uma informação falsa aos telespectadores, felizmente rebatida por Laranjeira. É mentira que a política de redução de danos esteja em expansão. Ao contrário: os países que a adotaram estão voltando atrás.

Diz Ilona: “As drogas são muito disponíveis para os adolescentes; hoje, eles estão totalmente desprotegidos, compra-se em qualquer lugar, né? Nós não temos uma educação honesta, infelizmente, não temos educação honesta sobre drogas. A gente mente, a gente afasta”.

O que terá querido dizer com isso? Como ela é favorável à descriminação das drogas, critica, na verdade, é o fato, então, de os adolescentes não terem um lugar seguro (???) para… comprar os entorpecentes. Na verdade, esta senhora está é defendendo a legalização. Ela ignora a evidência de que a interdição legal ao consumo — ainda que não leve ninguém para a cadeia — é, hoje, um fator de inibição. Se e quando não existir, claro que mais jovens ficarão expostos às drogas. “Mas aí poderiam comprar num lugar seguro…”, ela poderia dizer. Qual é a segurança de um adolescente que consome cocaína, crack, heroína, ecstasy?

Afirmar que o usuário não procura tratamento porque consumir droga é crime é de uma desonestidade intelectual sem limites. Esta senhora não sabe o que diz. Esta senhora não tem dados a respeito. Esta senhora está falando o que lhe dá na telha. Nada acontece com o consumidor mesmo que seja flagrado com droga (desde que não caracterize tráfico). Se ele chegar a um hospital e se disser dependente, aí que não mesmo. O problema é outro, irresponsável senhora! Faltam leitos e expertise no sistema de saúde para atender essa gente toda mesmo sem a descriminação. Imaginem com ela.

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Ah, sim: Ilona lida mal com as palavras. Justiça não legisla, não, dona! Vamos seguir com um momento realmente sublime, estrelado por Bruno Paes Manso, repórter do Estadão, e Denis Burgierman, da revista Superinteressante.

BRUNO PAES MANSO – Eu quero fazer uma pergunta importante, uma pergunta que, justamente, tem a ver com toda essa discussão que tá tendo aqui, porque o assunto das drogas é um assunto polêmico, ninguém tem dúvida disso. E o senhor, além de estar trabalhando com esse grande programa do estado de São Paulo, o senhor, hoje, quer dizer, este ano, o senhor assumiu o principal programa da Prefeitura, que é a antiga UTI do Crack, que é do município de São Paulo. O senhor também coordena, então, o senhor coordena o principal programa da prefeitura e o principal programa do governo do estado com uma visão própria, pessoal, em um debate que, eu acho, só na Escola Paulista de Medicina, tem três pessoas bastante contrárias à visão do senhor.

RONALDO LARANJEIRA – Na verdade, a academia é o lugar para isso, né?

BRUNO PAES MANSO – É intenso, mas não é muito poder para uma pessoa só? Para uma visão só? Prefeitura, do PT, e governo, do PSDB, o senhor está coordenando os dois programas, então é muito poder…

DENIS BURGIERMAN – E só para complementar: não tem também um possível conflito de interesse com sua atuação em uma clínica privada?

RONALDO LARANJEIRA – Por que teria? O que eu posso dizer é assim: eu defendo uma linha de pensamento baseada em evidência. Quer dizer: eu sou professor universitário, tenho lá uma equipe grande que produz, nós somos financiados pelo governo federal, nós somos o Instituto Nacional de Álcool e Drogas, financiado pelo CNPq, né? Temos financiamento da Fapesp; temos financiamento da prefeitura. Nessa área, eu acho que a prefeitura ou o governo do estado está apoiando aquelas ideias, não está apoiando a minha pessoa, né? Está apoiando as ideias que eu tenho levado, tenho debatido por muitos anos. Tenho debatido em artigo científico, que isso tá submetido aos meus pares científicos. Tenho mais de 200 artigos publicados. Quer dizer: tem o lado acadêmico, tem o chapéu acadêmico, e tem o chapéu assistencial, né? Se a prefeitura ou o estado acha que eu possa contribuir, não vejo conflito de interesses. Eu, para falar a verdade, a maior parte desse serviço, eu não ganho, pessoalmente, nada. Eu já trabalhei no Jardim Ângela, como voluntário, quer dizer…

MARA MENEZES – Os grupos de auto e mútua ajuda, como voluntário…

BRUNO PAES MANSO – Para diversificar a visão diante dessa complexidade, desse debate que a gente está vendo aqui…

RONALDO LARANJEIRA – Obviamente, não sou só eu, ou a minha equipe, que tem tanto serviço assim. Vários outros serviços vão ter, a Santa Casa tem, a USP tem, a Unicamp tem. Quisera eu ter tanto poder assim! Eu acho que tem alguns serviços que, no caso da prefeitura, foi um sistema absolutamente republicano. Eles divulgaram o edital, a SPDM, de que eu faço parte, que é o braço assistencial da Escola Paulista de Medicina, foi lá, submeteu ao edital, competimos com outros serviços e ganhamos na parte técnica. Aliás, a mesma coisa acontece no estado, né? Eu me sinto bastante tranquilo.

Comento
Bruno Paes Manso acha que Laranjeira tem “poder demais” porque coordena um programa do governo do estado, que é do PSDB, e outro da prefeitura, que é do PT. Pelo visto, o combate às drogas, segundo a sua visão, deveria obedecer a um corte partidário. Mais: como, na universidade, há outras visões, parece que ele acha razoável que todas estivessem representadas… Imagino que, segundo essa especiosa análise, isso deveria valer para todas as áreas, o que conduziria o país à paralisia. Os governantes passariam os dias debatendo. Pensemos a sua receita aplicada, por exemplo, ao Banco Central…

É estupefaciente! O Roda Viva, que é um programa jornalístico, que tem compromisso com o equilíbrio, montou uma bancada de CINCO A UM contra Laranjeira. Mas Manso acha que governos eleitos pelo povo não podem escolher um caminho para combater as drogas. Estariam obrigados a contemplar as várias visões. Ele, tudo indica, se ressente de não ver a sua — mostrou-se, por exemplo, favorável ao cultivo doméstico de maconha — representada no trabalho coordenado por Laranjeira, mas certamente não viu nada de anormal na bancada do programa.

Já a pergunta de Denis Burgierman é uma tentativa canhestra de sugerir alguma ilegalidade na atuação de Laranjeira — quando menos, algum impedimento ético. Ele é jornalista. Que vá investigar a questão. Uma raciocínio sem dúvida encantador para quem defende com tanta energia a descriminação até do “pequeno tráfico”, seja lá o que isso signifique. Na sua fala, consumidores e pequenos traficantes não seriam incomodados por ninguém. Já Laranjeira seria obrigado a se explicar e a se defender…

Assistimos a um dos momentos mais grotescos do jornalismo em muitos anos. E isso se deu por uma única razão: cinco das seis pessoas que compunham a bancada estavam lá num trabalho de militância, que já assumiu colorações ideológicas. Os entrevistadores não queriam entrevistar, mas vencer o entrevistado.

Perderam de goleada, fizeram um papel ridículo e mancharam a reputação do mais antigo programa de entrevistas da televisão brasileira.

PS – O outro-ladismo já exige nas redes sociais que o Roda Viva entreviste agora um psiquiatra favorável à legalização das drogas. Vamos ver se a TV Cultura vai ceder. Nesse caso, suponho, montar-se-ia uma bancada de 5 a 1 a favor do entrevistado, certo?

Texto originalmente publicado às 6h
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