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Compra dos caças continua a voar em zona nebulosa

(leia primeiro o post abaixo) Vamos lá. Lula tinha anunciado a compra dos Rafales na viagem que Nicolas Sarkozy fizera ao Brasil? Não há como negar: tinha, sim! Como a questão ainda era objeto de análise da Aeronáutica, fez-se uma lambança retórica para dizer que não era bem aquilo, que haviam entendido mal o que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h07 - Publicado em 18 jan 2011, 20h48

(leia primeiro o post abaixo)

Vamos lá. Lula tinha anunciado a compra dos Rafales na viagem que Nicolas Sarkozy fizera ao Brasil? Não há como negar: tinha, sim! Como a questão ainda era objeto de análise da Aeronáutica, fez-se uma lambança retórica para dizer que não era bem aquilo, que haviam entendido mal o que ele havia dito etc. Todo mundo havia entendido direitinho.

Ficamos sabendo depois que a Aeronáutica, dadas as três opções, fez uma espécie de hierarquia das preferências: em primeiro, está o sueco Gripen; depois vem o F-18 , da Boeing, e o Rafale, da Dassault, é a última opção da Força que vai lidar com os aviões. Restou, e Nelson Jobim a tanto se prestou à época, afirmar que a decisão não era técnica, mas política. Ah, bom! Decisão política envolvendo até US$ 7 bilhões de dinheiro público é coisa complicada, né?

A Aeronáutica produziu 20 mil páginas explicando por que o Rafale é apenas sua terceira — e última — opção. E o custo de manutenção das aeronaves é um dos motivos. Aí apareceu a tal “questão estratégica”: os franceses estariam sendo mais generosos na chamada “transferência de tecnologia”. Suecos e americanos se apressaram em demonstrar que eles podem concorrer também nesse campo.

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Tudo indica que Lula não decidiu porque, por alguma razão, não tinha como não escolher os Rafales. Parece que era coisa de palavra empenhada — vai se saber em quais circunstâncias e por quê. Deixou, então, o assunto para Dilma. Ora, ela não é exatamente uma neófita no caso, certo? Aquele não era, afinal, o governo “Lula-Dilma”?

Vamos ver. Demora para tomar uma decisão não deve ser confundida com qualidade da escolha. Se, depois de toda a enrolação, a presidente escolher os Rafales, será grande a possibilidade de que a demora só terá servido para conferir a aparência de rigor técnico a uma decisão que foi, como é mesmo?, “política”. Caso Dilma fique com o Gripen ou com o F-18, restará aquela questão primitiva: qual era, afinal, o compromisso de Lula com os franceses?

Para encerrar: parece que Dilma se mostra disposta a manter a questão dos caças naquela mesma zona nebulosa em que ela se mantinha no governo Lula. Como dá para perceber, agências e governos estrangeiros têm mais informações do que a imprensa brasileira. Por aqui, tudo é desconversa.

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