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Com inveja do Paraguai — MST continua em busca de cadáveres e invade fazenda no Pará; 12 pessoas ficaram feridas

Escrevi ontem que há extremistas no Brasil fascinados com os confrontos entre invasores de terra e policiais, que resultaram na morte de 17 pessoas no Paraguai e podem custar o mandato do presidente Fernando Lugo, que merece perdê-lo por ter sido tolerante com táticas de guerrilha em seu país. Pois bem: militantes do MST decidiram […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h33 - Publicado em 22 jun 2012, 07h41
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  • Escrevi ontem que há extremistas no Brasil fascinados com os confrontos entre invasores de terra e policiais, que resultaram na morte de 17 pessoas no Paraguai e podem custar o mandato do presidente Fernando Lugo, que merece perdê-lo por ter sido tolerante com táticas de guerrilha em seu país. Pois bem: militantes do MST decidiram invadir anteontem de manhã a fazenda Cedro, que fica em Eldorado do Carajás, no Pará. No confronto entre invasores e seguranças da propriedade, 12 pessoas ficaram feridas. A Cedro pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do grupo Opportunity, de Daniel Dantas.

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    Reproduzo trecho de reportagem de Guilherme Voitch, no Globo, e volto em seguida:
    O MST acusa os seguranças da fazenda de terem atacado os militantes, que faziam um manifestação pacífica, com mais de mil famílias, em frente à sede da propriedade. Os sem-terra protestavam contra o uso abusivo de agrotóxicos. “Fomos recebido com muitos tiros por parte da escolta armada. Há muitos feridos”, declarou o dirigente do MST Charles Trocatte. Depois do ataque, os militantes fecharam a BR-155, km 55, ao lado da fazenda. Durante a tarde, a rodovia foi liberada.
    Já a Agropecuária Santa Bárbara, em nota, dá outra versão. Segundo a empresa, cerca de 300 integrantes do MST invadiram a propriedade. “Com muita violência, o grupo, fortemente armado e enfurecido, destruiu parte da propriedade e causou pânico nos funcionários e prestadores de serviços presentes. Os invasores chegaram atirando e destruindo a propriedade, aterrorizando os funcionários — que fugiram desesperados. Eram 300 invasores enfurecidos e apenas seis seguranças para proteger as vidas dos funcionários e de si próprios e à propriedade”, diz a empresa, por meio de nota. De acordo com a Agropecuária, os militantes também estavam armados e a “polícia vai esclarecer” de onde vieram os disparos.

    Voltei
    Em quem acreditar? É preciso apurar tudo direitinho. O que é certo é que nós vimos ontem, na invasão do estande da CNA, na “Rio+20″, como o MST é pacífico, não é mesmo? Pois bem. Vejam este filme. Volto depois.

    [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=jEXpkAd6oFo&w=420&h=315]

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    A fazenda de que trata a reportagem é a Santa Isabel, que também pertence à Agropecuária Santa Bárbara. A propriedade foi destruída em novembro de 2009. Escrevi, então, um post cujo título é  MST e o terrorismo oficializado. Infelizmente, a reportagem de Valteno de Oliveira, da Band, pecou só por excesso de otimismo. Os vândalos que invadiram a fazenda Cutrale, por exemplo, a que ele se refere, não foram nem sequer processados. A denúncia foi rejeitada pela Justiça.

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    Como se nota, o MST continua em busca de cadáveres. Ontem, depois de depredar o estande da CNA, uma líder do movimento chamou a ação de pacífica porque, segundo disse, não houve feridos. Eis a regra: deixe o MST entrar e botar pra quebrar, sem resistência, e tudo termina em paz, como a gente vê no filme acima e nas fotos que encerram este post.

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    Em 1996, na mesma região de Eldorado do Carajás, no Pará, 19 militantes sem-terra morreram em confronto com a polícia. Eles bloqueavam uma estrada num protesto. A Polícia Militar foi chamada a intervir, e a tragédia se deu. Há 16 anos os extremistas tentam repetir confronto parecido, com as mesmas consequências. O sangue dos inocentes úteis, afinal, serve para irrigar a causa.

    Vejam duas fotos de instalações da fazenda Cedro, depois da passagem do MST. Foram publicadas no Estadão de hoje:

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    mst-depredacao

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    Abaixo, imagens da “luta pacífica” do MST na fazenda Santa Isabel, em 2009. Ele não mudaram nem de tática nem de prática.

     

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    Imóvel da fazenda destruído com trator

    Imóvel da fazenda destruído com trator

    Casas dos funcionários destruídas

    Casas dos funcionários depredadas

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    Vista área da destruição da infra-estrutura da fazenda

    Vista área da destruição da infra-estrutura da fazenda

    Imóveis também foram incendiados

    Imóveis também foram incendiados

    A cozinha da casa de um dos funcionários

    A cozinha da casa de um dos funcionários

    Destruição do banheiro da casa de um outro trabalhador

    Destruição do banheiro na residência de outro trabalhador

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    Geladeiras, fogões e objetos dos trabalhadores foram depredados e largados ao relento

    Geladeiras, fogões e objetos dos funcionários foram depredados e largados ao relento

    As casas foram saqueadas; nem um andador de bebê foi poupado

    As casas foram saqueadas; nem um andador de bebê foi poupado

    Sementes (acima) e insumos também foram queimados

    Sementes (acima) e insumos também foram queimados

    Infra-estrutura da fazenda destruída: nem a motocicleta escapou

    Nem a motocicleta escapou da fúria dasquels patriotas

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    Depois de usado para derrubar casas, trator foi incendiado

    Depois de usado para derrubar casas, trator foi incendiado

    A casa-de-máquinas também não escapou: fogo

    A casa-de-máquinas também foi destruída: fogo

    Um trabalhador na era Lula que nem é do partido nem é ligado a algum "movimento social"

    Um trabalhador que nem é do partido nem é ligado a “movimento social” recebe uma “lição” de militância dos invasores

    Post publicado originalmente às 3h48
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