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Campanha de Dilma recebeu R$ 2 mi de investigada na Boca Livre

Laboratório Cristália doou 5,2 milhões de reais a candidatos e partidos nas duas últimas eleições nacionais. PSDB recebeu 1,5 milhão de reais da empresa em 2014

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h24 - Publicado em 28 jun 2016, 19h31

Por João Pedroso de Campos:

Uma das empresas citadas nas investigações da Operação Boca Livre, que apura fraudes na captação de recursos para projetos culturais via Lei Rouanet, o Laboratório Cristália doou 5,2 milhões de reais a partidos políticos e candidatos a presidente e a deputado federal, estadual e distrital, nas eleições de 2010 e 2014.

A presidente afastada Dilma Rousseff foi a candidata que mais recebeu recursos do laboratório investigado no esquema que desviou cerca de 180 milhões de reais da lei destinada a incentivar a cultura nacional por meio de incentivos fiscais. A campanha da petista recebeu 2 milhões de reais nas eleições de 2014 da Cristália Produtos Químicos e Farmaceuticos Ltda.

O valor destinado ao caixa de Dilma corresponde a 46% dos 4,3 milhões de reais doados pelo laboratório a campanhas políticas em 2014. Além da petista, o único candidato a receber dinheiro da empresa em 2014 foi o ex-deputado federal Newton Lima (PT-SP), com 75.000 reais. O restante das doações foi rateado entre diretórios nacionais e regionais de PSDB (1,5 milhão de reais), PT (500.000 reais), PCdoB, (110.000 reais), PSC (90.000 reais) e PMDB (50.000 reais).

Quatro anos antes, em 2010, o Cristália já havia distribuído 900.000 reais entre candidatos e partidos. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), que recentemente teve o mandato cassado pela Justiça, foi o preferido do laboratório: recebeu 300.000 reais em doações de campanha.

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A seguir aparecem o deputado federal e ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe (PMDB-MG), com 80.000 reais; Newton Lima, com 70.000 reais; e Vivaldo Barbosa (PSB-RJ), com 20.000 reais. Foram agraciados com 10.000 reais cada um Apolinário Rabelo (PCdoB-DF), Augusto Carvalho (SD-DF) e Roberto Eduardo Giffoni (DEM-DF), este réu no mensalão do DEM no Distrito Federal.

Entre os partidos, o PSDB recebeu naquela eleição 250.000 reais em doações eleitorais da empresa alvo da Boca Livre; o PT levou 150.000 reais.

Boca Livre – Segundo os investigadores da operação deflagrada na manhã desta terça-feira, as empresas que patrocinavam os projetos fraudados da Lei Rouanet se beneficiavam duas vezes do esquema: pela parcela do superfaturamento que era repassada a elas e também por meio da dedução do imposto de renda, conforme prevê a lei. Além disso, em alguns casos, a Controladoria-Geral da União (CGU), que atuou em parceria com a Polícia Federal nas investigações, identificou o pagamento de propina de 30% dos valores captados junto ao Ministério da Cultura, que seriam pagos por esse grupo de produtores culturais às empresas patrocinadoras.

Além do Ministério da Cultura e do Cristália, as investigações citam as empresas Bellini Eventos Culturais, Scania, KPMG, o escritório de advocacia Demarest, Roldão, Intermedica Notre Dame, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil. O casamento do filho do empresário Antonio Carlos Bellini Amorim, do Grupo Bellini, em Jurerê Internacional, em 25 de maio deste ano, seria um dos eventos bancados com verbas da Lei Rouanet. Em dois vídeos sobre o evento, divulgados em redes sociais, um no dia anterior ao casamento e outro na cerimônia, é possível ver os convidados com taças de bebidas.

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