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Banco Alemão diz que Dilma e seu homem de confiança sabiam de fraude milionária envolvendo usinas

Na Folha Online. Volto em seguida: O banco KfW, controlado pelo governo alemão, entrou com ação contra a CGTEE (companhia de geração térmica de energia do governo federal) na qual afirma que o diretor da Eletrobras Valter Cardeal teria conhecimento de uma fraude milionária envolvendo a construção de usinas de biomassa no Sul. As informações […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h55 - Publicado em 17 out 2010, 07h43
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  • Na Folha Online. Volto em seguida:

    O banco KfW, controlado pelo governo alemão, entrou com ação contra a CGTEE (companhia de geração térmica de energia do governo federal) na qual afirma que o diretor da Eletrobras Valter Cardeal teria conhecimento de uma fraude milionária envolvendo a construção de usinas de biomassa no Sul. As informações foram divulgadas pela revista “Época” deste final de semana.

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    A CGTEE é uma subsidiária da Eletrobras, estatal na qual Cardeal é diretor de Engenharia e foi presidente. Segundo a revista, na ação judicial, o banco diz que “até mesmo alguns políticos conheciam os fatos, como a então ministra, Dilma Rousseff”. A fraude na CGTEE foi revelada pela Operação Curto-Circuito da Polícia Federal em 2007. A PF constatou que parte do dinheiro desapareceu.

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    Conforme a investigação, o grupo que comandava a estatal forjou um aval em nome da CGTEE para ajudar uma empresa privada – a Winimport – a obter empréstimo de 157 milhões de euros para erguer sete usinas de biomassa. Das sete, cinco não saíram do papel.

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    Ou seja, a CGTEE foi usada como fiadora do negócio. Empresas públicas são proibidas de dar garantias internacionais a empresas privadas. Segundo a revista, executivos da empresa alemã teriam afirmado em depoimentos à Justiça Federal gaúcha que Cardeal visitou a sede da empresa em 2005 e “estava ciente das garantias”. A Justiça Federal gaúcha abriu processo por acusação de formação de quadrilha, estelionato, corrupção passiva e ativa. Cardeal não foi incluído no processo e nega envolvimento no esquema.

    Comento
    Huuummm. Valter Cardeal, é? O amigão de Dilma? Lembrei de uma coluna de Diogo Mainardi de março do ano passado, de que reproduzo um trecho:
    (…)
    A CPI dos Grampos recebeu outro documento do computador de Protógenes Queiroz [delegado da Operação Satiagraha]. É aquele que escarafuncha a intimidade de Dilma Rousseff. Está armazenado na pasta “Zeca Diabo”, o nome dado por ele a José Dirceu. Trata-se de um relatório clandestino, que parece reproduzir um diálogo entre um informante do delegado e alguém com acesso ao ambiente da ministra. Dilma Rousseff é associada a dois nomes. O primeiro nunca dependeu dela para fazer carreira, por isso tenho de calar o bico. O segundo – Valter Cardeal – é mais constrangedor. Em 2003, ele foi nomeado por Dilma Rousseff para a diretoria da Eletrobrás. No mesmo período, tornou-se presidente do conselho da CGTEE e da Eletronorte. Em 2006, ganhou o cargo de presidente da Eletrobrás. Sempre na esteira de Dilma Rousseff. No ano seguinte, foi acusado de envolvimento com o esquema de propinas da Gautama, depois de ser grampeado pela PF. Sim: ele foi grampeado. Sim: pela PF.

    A seguir, trecho de um podcast de Diogo, da semana seguinte:
    Na última semana, analisei trechos do material encontrado no computador de Protógenes Queiroz e encaminhado à CPI dos Grampos. Um documento, em particular, tem de ser mais debatido: o relatório no qual os agentes engajados pela PF comentam, com linguagem rasteira, os boatos sobre os relacionamentos amorosos de Dilma Rousseff. Numa homenagem a Protógenes Queiroz, que sempre manifestou um interesse especial pela cultura indiana, chamei esse relatório de Kama Sutra da Satiagraha.
    O Kama Sutra da Satiagraha tem como protagonistas Dilma Rousseff e outros dois nomes: o primeiro, como mencionei em minha coluna, é Valter Cardeal, diretor da Eletrobras. Em 2007, depois de ter sido nomeado presidente da empresa, ele foi grampeado pela PF e denunciado por envolvimento com o esquema de propinas da empreiteira Gautama. O segundo nome eu prefiro manter em respeitoso sigilo porque ele, Silas Rondeau – Epa! -, nunca precisou da ministra para fazer carreira, já que é visceralmente ligado ao grupo de José Sarney. O que importa, em seu caso, é o seguinte: na Operação Navalha, ele também foi acusado pela PF de envolvimento com o esquema de propinas da Gautama.

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