Aula de Joaquim Barbosa e suas conseqüências: Ratko Mladic, criminoso de guerra, deveria ter fugido para o Brasil. Aqui, estaria solto; poderia virar sócio de Battisti
Com uma imodéstia imotivada, em tom irônico, o ministro Joaquim Barbosa comentou que, às vezes, alguns colegas seus se irritam quando ele evoca “exemplos internacionais”, do “direito comparado”, mas que ele se via obrigado a fazê-lo porque é um professor. Entendi que estava tentando dar uma aula a seus colegas e aos telespectadores. Mas o […]
Com uma imodéstia imotivada, em tom irônico, o ministro Joaquim Barbosa comentou que, às vezes, alguns colegas seus se irritam quando ele evoca “exemplos internacionais”, do “direito comparado”, mas que ele se via obrigado a fazê-lo porque é um professor.
Entendi que estava tentando dar uma aula a seus colegas e aos telespectadores.
Mas o fez de modo desastrado, já que o exemplo que ele havia evocado era o do abrigo a Manuel Zelaya na embaixada brasileira. Não sou professor de direito como ele. Não sou jurista. Mas já demonstrei aqui que a comparação entre uma coisa é outra é uma tolice.
Ao anunciar o seu voto, lembrou — e não entendi o que pretendeu com isso (ou entendi, e aí é péssimo) —, sem citar o nome, o caso de Ratko Mladic, criminoso de guerra da Sérvia extraditado para ser julgado em Haia.
Com certo orgulho, Barbosa sugeriu que o Brasil não é uma Sérvia, não! Aqui, ele disse, a lei protege as pessoas de seus “algozes”, daqueles que as “perseguem”.
Entendi a aula do professor Joaquim Barbosa: Ratko Mladic deveria ter fugido para o Brasil. Aqui ele estaria protegido! Poderia virar sócio de Battisti!