Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Andrea Matarazzo tentou remover a favela do Moinho; os petistas e parte da imprensa resolveram sufocar os pobres com seu amor. E com a fumaça dos incêndios! São os responsáveis morais pela tragédia!

Espalhem esta história. Nada é mais exemplar do bem que as esquerdas do miolo mole fazem aos pobres Andrea Matarazzo, meu candidato a vereador (PSDB), quando secretário de Subprefeituras, tentou remover a Favela do Moinho, que sofreu o segundo incêndio em menos de um ano nesta semana. Um rapaz brigou com o namorado e decidiu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h50 - Publicado em 19 set 2012, 18h17
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Espalhem esta história. Nada é mais exemplar do bem que as esquerdas do miolo mole fazem aos pobres

    Publicidade

    Andrea Matarazzo, meu candidato a vereador (PSDB), quando secretário de Subprefeituras, tentou remover a Favela do Moinho, que sofreu o segundo incêndio em menos de um ano nesta semana. Um rapaz brigou com o namorado e decidiu botar fogo no objeto do seu desejo e do seu rancor. Segundo reportagem da Folha, o sinistro só aconteceu porque o programa da Prefeitura de combate a incêndios teria falhado (já trato disso). Antes, algumas outras considerações.

    Publicidade

    Por que Matarazzo queria remover a favela de lá? Em razão do risco a que estão submetidos os moradores — inclusive de incêndio. Mas esse nem é o maior. Uma linha de trem passa no meio da favela, a meio metro das casas, onde brincam crianças. Há ainda problemas de contaminação do solo.

    Foi um Deus nos acuda! Todos os supostos “amigos do povo” se mobilizaram em favor do “direito” que as pessoas teriam de morar no local. Esquerdistas da PUC-São Paulo montaram um núcleo de estudantes de direito e sociologia para se organizar contra a remoção. Seguiram todos pra lá, para ver de perto a pobreza redentora e fazer o estágio Massinha I do curso do bom burguês que reconhece que a luta de classes move a história. Abaixo, há dois vídeos espantosos. O primeiro retrata aquela mobilização contra a remoção. Notem quanta poesia há no olhar desses patriotas. Seguem, depois, para seus lares confortáveis, pouco se  importando que crianças tenham como quintal a linha de trem. A redenção do povo supõe a existência de alguns mártires, certo?

    Publicidade

    O segundo já foi feito depois do incêndio desta semana.

    O primeiro
    [youtube https://www.youtube.com/watch?v=y8UEM2nrwGM%5D 

    O segundo
    Muito bem! Ocorrida uma nova tragédia, os valentes não se dão por achado. No vídeo abaixo, a gente vê uma suposta “especialista” a atribuir o incêndio à “especulação imobiliária” — já se sabe o nome do incendiário. Na raiz do seu gesto, uma questão passional. A moça não quer nem saber. Aproveita, claro!, para acusar também a “mídia”. A ideologia a impede de ver a realidade. Eis o resultado do trabalho de doutrinação das nossas escolas. Assistam. Volto depois.

    Continua após a publicidade

    [youtube https://www.youtube.com/watch?v=pn7ZWx0duNA%5D

    Publicidade

    Voltei
    Isso é uma tentativa de jornalismo?
    – NÃO HÁ UM SÓ INDÍCIO DE INCÊNDIO CRIMINOSO! É MENTIRA!
    – A PREFEITURA ESTÁ PAGANDO O ALUGUEL SOCIAL ÀS VÍTIMAS!  

    “Nada de remoção! Isso é higienismo social”, gritavam e gritam os discípulos morais do padre Júlio Lancelotti, um homem que não pode ver um carente que logo cai de joelhos. Por ocasião do primeiro incêndio, sabem quem foi à favela dar a sua contribuição solidária aos moradores? Ele! O senador Suplicy. Vejam. 

     [youtube https://www.youtube.com/watch?v=VdXRZrxLCFQ%5D

    Publicidade

    A favela não foi e não será removida. Os poetas da miséria alheia não deixam. Os petistas, por óbvio, compraram a causa. Assim, os que impediram a remoção daquela favela é que são, por óbvio, responsáveis morais pelas tragédias havidas e por haver. A “responsabilidade moral” não está prevista no Código Penal. Ela é, antes de mais nada, uma questão ética. E política!

    Os incêndios
    Já escrevi aqui umas 500 vezes e repito. Acho que os jornalistas e o jornalismo podem ter opinião. Mas ela há de ser instruída pelos fatos e por um compromisso com a verdade. O incêndio na favela do Moinho, vejam que coisa!, acabou caindo nas costas da Prefeitura. Pois é… A Prefeitura tem desenvolvido um trabalho de prevenção a incêndio nessas áreas, e isso não quer dizer que consiga evitá-los sempre. Mais: prevenção não é combate.

    Continua após a publicidade

    O programa tem funcionado? Isso, sim, não é matéria de opinião, mas de fato. Vamos os números de incêndios desde 2001:
    Gestão Marta
    2001 – 224
    2002 – 169
    2003 – 200
    2004 – 185

    Gestão Serra
    2005 – 151

    2006 – 156

    Gestão Kassab
    2007 – 120
    2008 – 130

    2009 – 129
    2010 – 31
    2011 – 79
    2012 – 69

    Voltei
    São dados objetivos, factuais. Como se verifica, desde a gestão da petista Marta Suplicy, que pertence ao partido desses notórios humanistas, o número de ocorrências caiu espantosamente. Parece haver aí um indício de que os programas de prevenção estão dando resultado, além, claro!, do trabalho de urbanização de favelas e regularização das instalações elétricas.

    Mas e daí? Esses são apenas os fatos. E eles são favoráveis a uma gestão que a média da imprensa paulistana decidiu detestar. Ah, sim: ela também comprou a causa dos “amigos do povo”. Não se enganem: onde houver um pobre, um miserável, haverá sempre um progressista por perto disposto a sufocá-lo com o seu amor — ou com a fumaça de incêndios.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.