Acho que, desta vez, Zavascki não terá como conceder habeas corpus ao petista Duque
Bem, a jurisprudência do Supremo é não manter a prisão preventiva de alguém apenas com base no risco de fuga. Há aí uma questão, vá lá, filosófica em cujas minudências nem entro agora para não desviar o foco. Parece-me que, quando o sujeito tem, comprovadamente, uma fortuna no exterior — e já se sabia ser […]
Bem, a jurisprudência do Supremo é não manter a prisão preventiva de alguém apenas com base no risco de fuga. Há aí uma questão, vá lá, filosófica em cujas minudências nem entro agora para não desviar o foco. Parece-me que, quando o sujeito tem, comprovadamente, uma fortuna no exterior — e já se sabia ser esse o caso de Duque —, o risco de fuga migra da filosofia (afinal, fugir é inerente ao homem…) e migra para o terreno das possibilidades reais. Mas a jurisprudência existe, e, se o único motivo alegado pelo Ministério Público era aquele, cochilou. Como há gente bastante acordada nessa história…
Agora, a coisa mudou de patamar. Segundo o MP, ele usou o seu tempo livre, desde a eclosão da Lava Jato, para tentar esconder a dinheirama que tem no exterior (vejam post a respeito). Aí a coisa muda de figura, né? Parece que, desta feita, uma habeas corpus será tarefa bem mais complicada.
Os petistas estão em pânico porque Duque — especialmente uma parte de sua família, inconformada com o andamento das coisas — é considerado um fio desencapado. Ele mobiliza a altíssima cúpula petista, inclusive o Número Um. E, segundo consta, já teria ameaçado falar se perceber que vai para o cadafalso.
Até agora, ele tem sido de uma fidelidade vaccariana, delubiana. Mas nunca se sabe.