Alguns leitores estão me perguntando por que não me referi a uma matéria do
Estadão dando conta de que Alckmin quer ser candidato à Prefeitura de São Paulo em 2008. Huuummm… Todo mundo sempre quer um monte de coisa. Alckmin quis ser candidato à Presidência. O preço de não lhe fazer a vontade era rachar o PSDB. O resultado seria certo — e não diferente deste que aí está. Ou seja: derrota ou derrota. Alckmin também queria que José Serra ficasse na Prefeitura de São Paulo. Tanto queria que chegou a flertar com a idéia de uma convenção para decidir a candidatura. Dona Lila Covas ameaçou liderar uma passeata “Fica, Serra”. Se estes “quereres” todos tivessem sido levados em conta, Aloizio Mercadante não poderia estar na posse de Lula, em Brasília, no dia 1º de janeiro. Estaria assumindo o lugar que já foi de Alckmin no Palácio dos Bandeirantes. Melhor ir com calma. Há um acordo político com o PFL em São Paulo. Na fila da sucessão na cidade, na aliança PSDB-PFL, está Gilberto Kassab, atual prefeito — ou quem ele indicar, desde que conte com a anuência das lideranças tucanas. Esse negócio de bater o pé e dizer “eu quero” só conduz a desastres. É preciso querer dentro das circunstâncias políticas dadas. A candidata do PT já está certa: Marta Suplicy. Seu nome voltou a inflar na periferia da cidade, especialmente no segundo turno. O que a aliança PSDB-PFL precisa é construir uma alternativa para derrotar a petista.
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