Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

A Justiça de SP decide: eles estão no poder! Se a Polícia prender, um juiz manda soltar. Ou: Tribunal de Justiça liberta casal preso em flagrante

Vejam esta foto, de autoria de Daniel Teixeira (Estadão Conteúdo). Na segunda-feira, os vândalos que tomaram conta do Centro de São Paulo depredaram e viraram um carro da Polícia Civil. E brandiram a bandeira preta da desordem. Eles podem. Contam, agora, com aliados objetivos — pouco importam as intenções — na Justiça de São Paulo. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h13 - Publicado em 9 out 2013, 18h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Caetano black bloc

    Publicidade

    Vejam esta foto, de autoria de Daniel Teixeira (Estadão Conteúdo).

    Publicidade

    Carro da polícia virado

    Na segunda-feira, os vândalos que tomaram conta do Centro de São Paulo depredaram e viraram um carro da Polícia Civil. E brandiram a bandeira preta da desordem. Eles podem. Contam, agora, com aliados objetivos — pouco importam as intenções — na Justiça de São Paulo. O mesmo Tribunal de Justiça que negou a liminar (vejam post anterior) de reintegração de posse da Reitoria da USP, invadida a marretadas, mandou soltar um casal preso em flagrante durante as depredações. Trata-se de Humberto Caporalli, de 24 anos, e Luana Bernardo Lopes, de 19. A decisão é do juiz Marcos Vieira de Morais, do Departamento de Inquéritos Policiais.

    Publicidade

    Nesta terça, o advogado da dupla, Daniel Biral, explicava tudo direitinho. Pelo visto, convenceu o juiz. Na mochila de um deles, havia uma bomba de gás lacrimogêneo. Como assim? É simples. Segundo o doutor, tratava-se apenas de souvenir da manifestação. Que tal? Recorreu ainda a um estranho argumento: como o artefato poderia ser deles se só pode ser comprado por forças de segurança oficiais? Eis uma boa questão. A qualquer ser lógico, isso só complica a situação em vez de amenizar. O juiz parece ter concordado com ele.

    Continua após a publicidade

    Uma câmera foi apreendida com o casal. Nas filmagens — inclusive da depredação do carro de Polícia —, eles estimulam o pega-pra-capar: “Quebra, quebra…” O doutor considera isso manifestação cultural. Pelo visto, a Justiça acatou o argumento. Explica:

    Publicidade

    “Eles assumem que estavam no ato, mas negam ter participado de qualquer dano. Estavam na rua registrando e provocando culturalmente, artisticamente. Durante as manifestações estavam pintando determinadas instalações, o que chamam intervenções artísticas. Pelo que eles me contaram, disseram que a cidade ficou mais bonita com a intervenção artística deles. Em nenhum momento tem fotos ou imagens deles participando desse ato. Acredito que foi um equívoco.”

    São mesmo duas almas sensíveis, dois artistas, dois estetas incompreendidos.

    Publicidade

    Humberto Caporalli, está provado, participou de depredações também no Rio de Janeiro. Seu Facebook traz esta foto, e ele se identifica como Humberto Baderna.

    Continua após a publicidade

    Depredador no Facebook

    Publicidade

    O advogado explica o que ele faz em São Paulo: “Ele veio do interior do estado em busca de melhores oportunidades na vida. Trabalha com grafite e é ligado a ações artísticas”.

    Entendi.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.