O Ministério da Economia tornou sem efeito a designação de Lucas Tristão, braço-direito de Wilson Witzel, para o mandato de Conselheiro Suplente e do encargo de Vice-Presidente da Primeira Turma Extraordinária da Terceira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
A revogação foi divulgada nesta quinta, depois de o Radar revelar, na segunda-feira, a designação de Tristão, indicado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), para o posto. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.
A nomeação gerou um enorme celeuma entre o ministério de Guedes e bolsonaristas do Rio de Janeiro, ferrenhos opositores do governador. Deputados chegaram a falar pessoalmente com o presidente da República para “pedir a cabeça de Tristão”.
Em nota, o ministério de Paulo Guedes afirma que a revisão do ato ocorreu após apuração de que o secretário teria omitido dados de declaração obrigatória corroborada por diligências complementares no procedimento de vida pregressa, previsto em uma portaria do ministério.
“Confirmou-se, no procedimento que é etapa essencial do processo de seleção, que o candidato deixou de prestar informações sobre sua condição profissional”, diz a pasta.
Procurado pelo Radar, Tristão, que atuou como advogado tributarista antes de fazer parte do governo do Rio, disse que não iria se manifestar.