Secretário de Saúde do Rio diz que Covid não avançou no Carnaval
Na Quarta-feira de Cinzas, Daniel Soranz afirmou que cidade não teve aumento das transmissões em consequência das aglomerações da festa
O surgimento da variante ômicron da Covid-19 no final do ano passado levou a Prefeitura do Rio a cancelar o Carnaval de rua na cidade e a transferir para abril os desfiles das escolas de samba. A preocupação na época era que a festa em larga escala poderia gerar, a exemplo do feriado de Réveillon, um novo pico das transmissões.
Isso, contudo, não aconteceu nos últimos dias, segundo disse ao Radar o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz. A despeito de a festa oficial não ter sido realizada, houve milhares de eventos fechados na cidade e dezenas de blocos que desfilaram clandestinamente mesmo com a proibição.
“Apesar das aglomeração e eventos que vimos neste feriado, ainda não tivemos o aumento dos casos de Covid”, disse ele nesta Quarta-feira de Cinzas.
Segundo Soranz, os postos de saúde estiveram vazios no feriadão, a procura por testes foi baixa e as Unidades de Pronto Atendimento não registraram alta na quantidade de pacientes com síndrome respiratória grave. O avanço da imunização na cidade, que tem mais de 50% dos adultos vacinados com a dose de reforço, explica o cenário, disse ele.
“A cobertura vacinal conseguiu segurar novos casos graves, que estão migrando para cidadãos não vacinados. A cidade está mantendo a tendência de queda nos contágios, internações e óbitos”, afirmou.
Na próxima segunda, o comitê que acompanha a Covid-19 na cidade deverá sugerir a liberação da obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados na cidade. O secretário disse concordar com a medida.
“O momento é favorável a isso, com a ocupação das UTIs em patamar baixo. Se houve uma piora do cenário, podemos voltar com as restrições”, explicou.