Ex-diretor de Logística da Saúde, Roberto Dias teve uma passagem lancinante pela CPI da Pandemia na semana passada.
Depois de muito mentir e omitir no caso do suposto pedido de propina na compra de vacinas na Saúde, Dias recebeu voz de prisão de Omar Aziz em rede nacional de televisão. Saiu da cadeira elétrica da CPI diretamente para a Polícia Legislativa do Senado.
Até chegar no Congresso, o ex-diretor acreditava que passaria tranquilamente pela CPI. Falaria o que havia ensaiado com advogados e voltaria para casa sem virar o personagem mais famoso da investigação do Senado até aqui. Preso, Dias mudou radicalmente de estratégia. Ele e seus conselheiros saíram de cena. Ninguém mais fala.
“O caminho agora é esperar a poeira baixar”, diz um dos poucos contatos do ex-diretor que ainda atende ao telefone.
Se Dias tem mesmo dossiê para explodir, vai esperar e pensar algumas vezes sobre quando e como revelar.