Procon vai à Polícia contra a Empiricus por caso Bettina
A representação criminal foi apresentada hoje
O diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, não engoliu as explicações da Empiricus Research sobre o infame vídeo da Bettina, em que uma funcionária da empresa afirma que acumulou mais de 1 milhão de reais em três anos graças às indicações de compra de ações do patrão.
Ele enviou nesta segunda-feira uma representação criminal contra a Empiricus ao delegado diretor do Departamento de Proteção à Cidadania da Polícia Civil de São Paulo acusando a companhia de propaganda enganosa e propaganda abusiva.
Em resposta a uma notificação extrajudicial do Procon-SP na semana passada, a Empiricus afirmou que não poderia comprovar que Bettina conseguiu ficar milionária a partir de um investimento de 1.520 reais porque estaria violando o direito à intimidade de sua empregada.
Atualização:
Posicionamento do Procon:
Capez procurou a coluna para reafirmar que a Empiricus não apresentou comprovação da evolução patrimonial de Bettin, e transcreveu a resposta da Empiricus ao Procon, tal e qual foi enviada à fundação:”A Empiricus possui comprovação documental que atesta a veracidade das informações veiculadas e desde já se coloca à disposição para prestar esclarecimentos adicionais neste sentido, ressalvando, no entanto, os direitos à privacidade, intimidade e sigilo dos demais envolvidos, constitucionalmente garantidos.”
Posicionamento da Empiricus:
A Empiricus diz que “nunca afirmou que não poderia comprovar que Bettina conseguiu ficar milionária porque estaria violando o direito à intimidade de sua empregada. A Empiricus esclareceu o conteúdo da peça em vários dos seus canais de comunicação. O material tem caráter de teaser para um curso gratuito de educação financeira, feito por uma diligente equipe de 32 especialistas. Todas as peças da Empiricus buscam criar interesse no público em conhecer melhor o mercado de ações, fundos e títulos financeiros, de modo a aplicar melhor o seu dinheiro. A comunicação da empresa replica o modelo amplamente disseminado de publicidade de empresas de publicações financeiras dos Estados Unidos, onde o acesso a produtos financeiros é amplamente desbancarizado.”