Prisões e buscas contra governo do AM não interromperam crimes, diz STJ
Tribunal determinou a quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático do governador e dos outros investigados
Nas 23 páginas em que determina a prisão de seis alvos e o cumprimento de mandados de busca contra o governador Wilson Lima, o secretário de Saúde do estado e empresários da Saúde no Amazonas, o ministro Francisco Falcão deixa claro a contundência das provas reunidas pela investigação contra o chefe do Executivo amazonense.
“Considero de extrema relevância, para a continuidade das investigações, o deferimento do pedido formulado pelo parquet, diante dos nítidos indícios de materialidade de crimes praticados em detrimento da Administração Pública do Amazonas nesse contexto tão dramático atualmente vivenciado”, diz Falcão.
“Os elementos de prova acostados aos autos apontam que os ilícitos na seara da saúde do Amazonas continuaram a ser perpetrados mesmo após o cumprimento de medidas de prisão e de busca em desfavor de ex-secretários e servidores da Saúde no bojo da Operação Sangria”, registra o ministro.
Diante das evidências, o ministro ordenou a quebra de sigilos bancário e fiscal do governador e dos investigados, além do levantamento dos sigilos telemáticos dos alvos e empresas envolvidas nas fraudes. A quebra vale entre janeiro de 2019 e 24 de maio de 2021.