Preocupado em melhorar a interlocução com o Congresso — uma queixa constante dos empresários próximos ao Planalto e dos líderes partidários, após a ressaca do Orçamento –, Paulo Guedes vai colocar na rua nesta semana uma espécie de minirreforma na estrutura do seu super ministério da Economia.
Uma parte dessa articulação foi antecipada há pouco pelo colunista de VEJA Thomas Traumann. Waldery Rodrigues e Vanessa Canado (autora da proposta de reforma tributária do governo) deixam a Economia. Bruno Funchal sai do Tesouro e se torna novo número dois. Jefferson Bittencourt deve ser novo secretário do Tesouro.
Além de trocar os auxiliares mais próximos, Guedes já aceitou, segundo interlocutores, que setores como Previdência e Trabalho sejam desmembrados por Jair Bolsonaro, se assim desejar o Planalto. O desgaste nas relações da equipe da Economia com integrantes do Congresso por causa do orçamento também pesou nas mudanças.
A pressão dos partidos do centrão pela recriação de ministérios voltou a bater forte no gabinete presidencial. Com o início das conversas sobre alianças para 2022 e o avanço de Lula nesse campo, Bolsonaro não deve perder tempo.