O radialista e as anotações
Pressionado a provar os pagamentos em dinheiro vivo recebidos de Marconi Perillo na pré-campanha de 2010, o radialista goiano Luiz Carlos Bordoni relembra um detalhe do encontro que teve com Perillo (quando diz ter recebido 40 000 reais em dinheiro das mãos do tucano) que pode complicar o governador na CPI mista do Cachoeira. Segundo […]
Pressionado a provar os pagamentos em dinheiro vivo recebidos de Marconi Perillo na pré-campanha de 2010, o radialista goiano Luiz Carlos Bordoni relembra um detalhe do encontro que teve com Perillo (quando diz ter recebido 40 000 reais em dinheiro das mãos do tucano) que pode complicar o governador na CPI mista do Cachoeira.
Segundo Bordoni, no dia da conversa, ele levou uma proposta de trabalho ao então candidato ao governo. Ao examinar a proposta, Perillo quis pechinchar e escreveu de próprio punho no documento:
— Redigi a proposta de 200 000 reais e ele não concordou. Aí escreveu à mão “120 000 reais mais 50 000 reais”.
A letra de Perillo na proposta seria a confirmação da versão do radialista. O problema de Bordoni, no caso, é que ele mesmo diz não ter encontrado a tal proposta com as anotações de Perillo:
— Já procurei, mas ainda não achei. Eu era amigo do cara, iria guardar para quê? Vai ficar a palavra dele contra a minha. Vamos ver o que vai dar.
O radialista diz, no entanto, que a ex-vereadora Jacyra Alves pode confirmar a conversa dele com Perillo:
— Quando saí da sala, a vereadora Jacyra Alves e um grupo de mulheres estavam lá para falar com o governador. Elas podem confirmar que eu estava lá.
Sobre o pagamento (45 000 reais) de campanha de Perillo feitos pela empresa fantasma do bicheiro Carlinhos Cachoeira Alberto & Pantoja Construções, o radialista diz que é só quebrar o sigilo telefônico dele e de Lúcio Gouthier, assessor de Perillo, que ficará comprovado que Gouthier telefonou para ele no dia dos depósitos.