O plano de Márcio França na disputa ao governo de São Paulo em 2022
Segundo aliados, cacique do PSB não desistiu do Palácio dos Bandeirantes; empreitada pode envolver até candidatura de Alckmin à presidência

Embora ainda indefinidas, as peças do xadrez eleitoral de 2022 têm se movimentado.
Em São Paulo, aliados de Márcio França (PSB) dizem que o ex-governador não desistiu de ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Por enquanto, a configuração que se tem é de uma candidatura com Geraldo Alckmin — de saída do PSDB e rumo ao PSD de Kassab — na cabeça de chapa e França de vice.
O bom desempenho do cacique do PSB paulista nas eleições de 2018 e 2020, no entanto, e o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto animaram a empreitada: França aparece em terceiro lugar para o governo de São Paulo, atrás apenas de Fernando Haddad (PT) e do próprio Alckmin, que lidera as sondagens.
Pessoas próximas ao pessebista dizem que a solução seria uma costura que brilha os olhos do tucano — a disputa à presidência. Conversas sobre eventual ida ao futuro partido da fusão entre DEM e PSL, inclusive, não estariam descartadas.
Isso, porque o PSD de Kassab já anunciou que o postulante do partido ao Planalto será Rodrigo Pacheco, presidente do Senado — o que inviabilizaria a disputa de Alckmin.
Por um lado, o ex-governador de São Paulo tem a seu favor a figura pacificadora, longe de extremismos, e de consolidado histórico político como chefe do Executivo estadual por quatro mandatos. Por outro, terá que se livrar do fantasma do pior desempenho da história do PSDB nas eleições de 2018, com menos de 5% dos votos.