Um militar com trânsito no Alto Comando do Exército diz que a pressão de evangélicos e conservadores pode ter desgastado Santos Cruz, mas o que teria sido crucial para sua queda foi a história de que Santos Cruz teria falado mal de Bolsonaro e do seu filho, Carlos, em uma troca de mensagens com um assessor.
As supostas conversas foram publicadas pela Folha, em maio. Num dos trechos, o assessor pergunta a Santos Cruz: “General, como foi lá ontem?” Santos Cruz responde: “Nada. Ele ficou insistindo no vídeo”. O general então complementa com o que seria o erro fatal: “Mas eu disse na cara dele que isso era coisa do desequilibrado do filho dele e do frouxo do Fabio”.
Diante da divulgação das mensagens, Santos Cruz disse que era vítima de montagens e que jamais teria dito o que lá constava. Bolsonaro, no entanto, não perdoou o general pelo episódio: “Todos no Alto Comando do Exército sabiam há tempos que a demissão era uma questão de encontrar o substituto”, diz o militar ao Radar.