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Na Câmara, Guedes é chamado de ‘Ronaldinho da economia’ a ‘sonegador’

Ministro foi convocado para explicar offshore e se negou a apresentar extratos das contas aos deputados; 'tem uma coisa que se chama privacidade', disse ele

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 nov 2021, 13h12 - Publicado em 23 nov 2021, 12h30

A sessão na Câmara convocada para que Paulo Guedes explique o fato de possuir empresas em paraísos fiscais enquanto acumula o cargo de ministro da Economia ganhou ares de Fla-Flu nesta terça.

No início, Guedes defendeu sua biografia como empresário para justificar a posse dos recursos encontrados em contas nas Ilhas Virgens Britânicas no caso que ficou conhecido como Pandora Papers, em outubro passado.

O ministro repetiu a defesa que já havia feito de que as offshores são legais e que não há conflito de interesses ou sonegação fiscal. “Offshore é que nem uma faca. Pode ser usada para o bem ou para o mal”, disse Guedes.

O “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro foi tratado pelos deputados por outros adjetivos. Governistas se deram por satisfeitos pelas explicações, enquanto a oposição acusou Guedes de crimes de advocacia administrativa e sonegação fiscal.

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O Deputado Sanderson (PSL-RS) disse que Guedes é o “Ronaldinho da economia do mundo”. “O papel da oposição é atacar, é jogar pedra”, disse. Já Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o ministro usou suas contas no exterior para fugir do Leão. “Agora o senhor foi pego com a boca na botija sonegando imposto”.

Fernanda Melchiona (PSOL-RS) lembrou que, como chefe da pasta da Economia, Guedes preside o Conselho Monetário Nacional, que formula as políticas de câmbio no país. Como a offshore tem recursos em moeda estrangeira, a desvalorização do real valoriza o investimento no Brasil.

“Por favor, como é que não tem conflito de interesse?”, questionou a oposicionista. “Mesmo que não fosse ilegal, e aqui obviamente é ilegal, seria indecente, imoral o senhor ser beneficiado pela política monetária que o senhor defende”.

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Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu o patrimônio do auxiliar de seu pai e afirmou que as críticas da oposição são motivadas por despeito. “São 30 anos de sucesso na vida privada e isso incomoda muita gente. A maior acusação que eu ouvi aqui foi indicando que o senhor é uma pessoa de sucesso”, disse.

Na metade final de sessão, Guedes aparentava irritação com a quantidade de pedidos de oposicionistas para que ele apresentasse os extratos das contas que possui no exterior na íntegra como forma de comprovar se houve ou  não lucro nas aplicações desde que assumiu como ministro.

Guedes afirmou que já deu explicações às autoridades cabíveis e alegou o direito à privacidade para não prestar as informações aos deputados.  “Os números estão todos disponíveis para as instâncias pertinentes. Agora tem uma coisa que se chama privacidade. Os senhores gostariam que, como são legisladores, quando entrarem aqui, terem que abrir tudo, tem que ser público? Você pode ser perseguido por um vizinho, pode ser assaltado”, disse.

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Por fim, afirmou mais enfaticamente que não compartilharia seus dados bancários com os parlamentares. “Eu abri tudo para a instância pertinente. Não posso chegar aqui agora ‘senhores, Brasil, olha tudo o que eu tenho, veja onde eu tenho’. Não pode ser assim. É só isso, tá certo? Se você me perguntar se vou entregar para o senhor ou para o deputado Kim [Kataguiri] porque me pediram, a resposta é não”.

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