Na “direção civilizatória”, mas…
Delfim Netto, com seu brilhantismo e poder de síntese habituais, resumiu a um interlocutor o motivo dos protestos: “Os governos não atenderam às prioridades da população. Ela queria metrô, não estádios. O povo recusou as prioridades dos governos. É tão simples quanto isso”. Delfim é otimista (“O movimento das ruas está na direção civilizatória”), mas […]
Delfim Netto, com seu brilhantismo e poder de síntese habituais, resumiu a um interlocutor o motivo dos protestos: “Os governos não atenderam às prioridades da população. Ela queria metrô, não estádios. O povo recusou as prioridades dos governos. É tão simples quanto isso”.
Delfim é otimista (“O movimento das ruas está na direção civilizatória”), mas alerta que redução do preço das tarifas dos ônibus e trens e o congelamento do preço dos pedágios afugentam os investidores, já assustados com o Brasil. Diz Delfim: “Não chegou a ser um rompimento mas, assim, se levantam dúvidas sobre o cumprimento dos contratos”.